O Alto Tietê perdeu 3,8 mil postos de trabalho apenas neste ano, segundo dados divulgados, ontem pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os setores que mais demitiram na região foram o da indústria de transformação e o de serviços, com um saldo negativo de 7,5 mil empregos. Em apenas um mês, esses dois setores já perderam 3,2 mil empregos, já que o saldo, em julho, era de 4,3 mil.
Embora o setor de serviços tenha sido o que mais demitiu, entre janeiro e agosto deste ano, com 36,7 mil desligamentos, também foi o que mais contratou no mesmo período, com 38,8 mil admissões. Porém, fechou o mês com uma perda de 2 mil postos de trabalho. Já a indústria de transformação contratou 15,6 mil novos funcionários, mas demitiu 20,8 mil pessoas, saldo negativo de 5,5 mil vagas. Isso é reflexo da crise econômica e, segundo a Federação (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), a estimativa é terminar 2015 com uma perda de 200 mil empregos apenas no setor industrial.
Apenas dois municípios da região registraram saldo positivo com relação as carteiras assinadas. Enquanto oito cidades perdem postos de trabalho, Suzano e Poá terminaram agosto com 482 novos empregos.
Os municípios que perderam o maior número de postos de trabalho foram Mogi das Cruzes (-1.459) e Itaquaquecetuba (-1.423). O setor mais afetado foi o da indústria que causou a perda de 828 postos na cidade mogiana e 1.377 em Itaquá.
Indústria, comércio, agropecuária e serviços geraram mais empregos em Suzano. Apenas serviço admitiu 1,1 mil, o maior saldo na cidade. Já a indústria foi a responsável pela perda de 938 postos na cidade suzanense.
Em Poá, serviços também foi o setor que mais contratou, com o maior saldo da região - 763 carteiras assinadas. O setor é forte em razão de uma empresa de Call Center, responsável pela maioria das admissões. A indústria e a construção civil foram as que mais perderam vagas este ano - 211 e 125 respectivamente.
Veja o desemprego no País em Brasil, página 9.