O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), avalia que o Ministério da Saúde "ainda não está dentro do padrão desejado de apoio aos governos estaduais". Em evento no Instituto Butantan nesta manhã de ontem Doria disse que, apesar de o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ter demonstrado boa vontade e um discurso acertado nos primeiros dias, o corpo técnico não corresponde às expectativas veiculadas pelo ministro.
Dentre as demandas dos governadores está principalmente a reabilitação pela Pasta dos leitos que foram desabilitados ao fim de 2020. A medida do ministério motivou uma disputa judicial pelo refinanciamento das vagas em UTI para pacientes da Covid-19.
"O ministro tem demonstrado boa vontade - e eu reconheço -, tem demonstrado um discurso assertivo em relação ao uso de máscaras, ao distanciamento social e às medidas necessárias. Mas agora é preciso que o seu ministério corresponda ao discurso do ministro. O ministério precisa agir como promete o seu novo ministro", afirmou o governador.
O Butantan liberou mais 3,4 milhões de doses da Coronavac, vacina contra a Covid-19, para o Ministério da Saúde, totalizando 36,2 milhões de doses entregues desde janeiro.
Vacina
Doria anunciou também a antecipação da vacinação para pessoas com 68 anos de idade para amanhã. A vacinação deste grupo, estimado em 340 mil pessoas, havia sido anunciada inicialmente para a próxima segunda-feira.
Oxigênio
Apesar de cidades alertarem para estoque crítico de cilindros de oxigênio, o governo do Estado garantiu que não haverá desabastecimento nos municípios. Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, o Estado trabalha para manter o abastecimento em todas as cidades.