A influência de Virgulino Ferreira da Silva (1898-1938), o Lampião, na cultura nordestina, é o tema das fotografias em exposição no Sesi de Suzano, a partir desta terça-feira. Em destaque, como o mais famoso cangaceiro serviu de exemplo para as práticas morais e sociais da região e criou o mito de um personagem imortal.
A mostra "No Rastro do Cangaço", do fotógrafo André Dib, fica em cartaz até o dia 15 de maio, com entrada gratuita. A visitação gratuita pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas, e aos sábados, das 9 às 18 horas. O Sesi Suzano fica na avenida Senador Roberto Simonsen, 550, Jardim Imperador. Mais informações pelo telefone 4741-9682.
O fotógrafo, em visita ao sertão onde viveu Lampião, reconta sua história por meio de paisagens, pessoas, lugares, do modo de vida sertanejo e da arte. O "Rei do Cangaço" desafiou as agruras da caatinga, espalhando terror por onde passava. Sua presença influenciou a dança, a música, a poesia popular, o artesanato, o cinema, a culinária e as lições de moral do sertão nordestino. Os visitantes terão uma experiência visual por meio de cenários naturais, personagens, vilas, fazendas, e até pela casa onde nasceu Maria Bonita (1911-1938), em imagens que conferem um tom histórico e documental ao ensaio.
O trabalho de André Dib não se restringe a paisagens, mas traz cenas cotidianas, costumes e tradições de um mundo diverso. Fotógrafo desde 2002, produz reportagens para as revistas National Geographic Brasil, Galileu, TAM nas Nuvens, Horizonte Geográfico e Explore Magazine, dos Estados Unidos. O profissional documentou as maiores montanhas do Brasil e da América, trabalhou na Europa e no Oriente Médio. Vencedor do ABB Photo Competition, em Zurique, Suíça, e de dois prêmios da Fundação Nacional de Artes (Funarte), entre outros.