Uma tradição regada à música, cor e alegria. Assim podem ser definidas as escolas de samba, verdadeiros símbolos do Carnaval pelo País, que comemoram o seu dia amanhã, 11 de abril. Em Mogi das Cruzes, a história começou, em meados da década de 1940, com as rodas de samba.
De acordo com o historiador Glauco Ricciele Prado Lemes da Cruz Ribeiro, foram os cariocas e mineiros que vieram trabalhar nas indústrias da cidade que trouxeram as escolas de samba. "Basicamente o Carnaval já era praticado na cidade desde a época colonial, mas foi no período pós-Segunda Guerra Mundial que as primeiras rodas de samba começaram", afirma. "Mas, na década de 1920, já eram realizados os carnavais com concursos de bonecos e carros decorados com papel machê".
O especialista conta ainda que foi na década de 1970 que se iniciaram os tradicionais desfiles, com a criação das primeiras escolas mogianas. "Todas as escolas são apadrinhadas por grupos de São Paulo e do Rio de Janeiro, com características e influências, já que foram eles os responsáveis por trazerem o estilo, o samba e essa interação entre escola, bairro e comunidade", explica. "No início, eram os integrantes das congadas religiosas que tocavam e produziam os sambas, por terem experiência com a percussão", lembra Ribeiro.
A primeira escola fundada na cidade foi a Escola de Samba Acadêmicos do São João, em 24 de dezembro de 1972, e, em 1974, surgiu a Estação 1ª de Brás Cubas. O historiador explica que estas duas primeiras escolas herdaram algumas características da carioca Estação Primeira de Mangueira. "A São João tem as cores da escola do Rio, o verde e rosa, e a Brás Cubas, o nome 'Estação Primeira', por ser a primeira estação com samba no trajeto sentido São Paulo".