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Formado pela Escola Municipal de Música de São Paulo, o trompetista Dirceu Braz entrou no mundo da música ainda na adolescência, quando junto com um grupo de amigos de Mogi das Cruzes e região montou uma banda. "Tocava violão e contra baixo, tive um grupo de música aqui em Mogi, onde tocavamos em casas noturnas e bares", relembra. Mas, foi com 17 anos que descobriu sua verdadeira vocação. Em um dos famosos programas televisivos da época, o músico Ronaldo Lark apresentou a Braz o trompete. "Os meus primeiros conhecimentos e onde apresentei o meu interesse pelo trombete foi na banda Santa Cecilia, em Mogi. Como não tinha dinheiro para trompete comecei com um bocal de trompete, e após estudar seis meses consegui comprar o meu primeiro instrumento", conta ele. Músico e jovem na época da ditadura no Brasil, Braz que já havia sido convidado para tocar na Orquestra Sinfônica Jovem de São Paulo, viu no primeiro Festival de Música de Campos do Jordão em que participou, a oportunidade de viajar para a Alemanha. "Eu já estava muito bem como trompetista em São Paulo mas tinha essa inocência e ingenuidade de que lá fora tudo é melhor", diz. Como solista, Braz conta com 14 álbuns gravados. "Cada trabalho é um filho, um diamante que foi lapidado. Toda arte é eterna. Incentivar e ajudar as pessoas através dela é o grande prazer de ser artista. E é isso que procuro passar para os novos talentos ", finaliza. (A.C)
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