O Departamento de Economia da Cultura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou, em 2015, R$ 325 milhões para projetos cinematográficos, editoras e livrarias e patrimônio cultural, histórico, material e imaterial.
Somente as operações diretas aprovadas no ano passado somaram R$ 214 milhões. Em 2014, os desembolsos para a economia da cultura totalizaram R$ 454 milhões. Para apoio não reembolsável, o departamento busca projetos culturais com viés de sustentabilidade, que podem contemplar o apoio tanto a bens materiais como a bens imateriais. Aí estão contemplados, ainda, projetos cinematográficos no âmbito do edital de cinema.
No apoio reembolsável, o destaque foi o Programa para o Desenvolvimento da Economia da Cultura, que financia todos os elos das cadeias produtivas da economia da cultura, englobando salas de cinema; o audiovisual como um todo, envolvendo também produtoras e laboratórios de animação; editoras e livrarias. "Podemos apoiar também espetáculos ao vivo. A linha está disponível a todos os elos da cadeia", informou Fernanda Farah, gerente do departamento.
Desafio
O Departamento de Economia da Cultura tem em carteira atualmente 42 projetos em análise, no valor de R$ 300 milhões. Em 2016, a gerente do departamento pretende concluir a análise de, pelo menos, parte desse volume, além de continuar com a ação no audiovisual. Ela disse que o novo regulamento dividindo o segmento em patrimônio material e imaterial, permite apoiar planos de negócios que vão fortalecer as instituições culturais e os agentes da cadeia.
Como uma derivação do audiovisual, o BNDES está apostando no segmento de jogos. "Vai ser o nosso desafio do ano. A gente acredita que existe espaço para a indústria brasileira se posicionar de forma competitiva". A ideia é financiar as empresas que são desenvolvedoras de games. Estudo da Universidade de São Paulo (USP) para o BNDES definiu onde o banco pode atuar para fortalecer essa indústria no País.