Enquanto todos dormem,
O poeta está acordado,
Faz os seus versos,
As suas canções,
Seu andar ritmado.
Como quem deixou
o seu barco,
No mar ancorado,
Como quem
já encontrou,
O sonho de ter amado,
Como quem já
se esqueceu,
Do seu passado assustado.
Como alguém que resgatou do mar
Os que estavam afogados.
Como alguém
que abrigou
Aos que estavam desabrigados.
Como alguém que
sarou as feridas,
Dos que sangravam machucados.
Como alguém que voltou para casa,
Depois de ter
ficado ilhado,
Como alguém que
já amou,
E por muitos já foi amado.