O primeiro jogo da seleção brasileira depois do fiasco na Copa América, no Chile, registrou mais uma vitória para o currículo de Dunga em amistosos. O 1 a 0 sobre a Costa Rica, ontem, na Red Bull Arena, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, foi o 11.º triunfo em 11 jogos não oficiais desde que o treinador reassumiu o cargo, há exato um ano. Nos números, uma maravilha. Mas o futebol ainda está muito longe de reacender no torcedor a esperança por dias melhores e o orgulho de ver a equipe jogar.
Mesmo contra um adversário que não atacava por princípio e não marcava bem por incompetência, o Brasil ficou a maior parte dos 90 minutos preso à ideia fixa de esperar a chance de chegar ao gol no contragolpe, por meio de lançamentos longos. A falta de talento e de peso no meio de campo, acentuada pelas limitações de dois volantes que se tornam inúteis contra um time que não ataca, faz com que a seleção não tenha volume de jogo. Quando fica com a bola, não consegue pressionar o adversário nem assustá-lo com a criação de uma sucessão de chances de gol.
Aos 10 minutos, Hulk roubou a bola do zagueiro (com um sutil empurrão por trás que o desequilibrou) e bateu na saída do goleiro.
Neymar jogou pouco mais de 10 minutos. E houve tempo para a providência mostrar a Dunga que pode abrir mão de um volante - Luiz Gustavo, com cãibras, deu lugar ao meia Rafinha. Pena que foi por poucos minutos (A.E).