A Vila Belmiro é o principal trunfo do Santos no clássico desta noite contra o Corinthians pela Copa do Brasil. Além das quatro vitórias seguidas que o time obteve em casa, os torcedores adquiriram até ontem mais de nove mil ingressos. O Corinthians, por sua vez, confia no bom momento da equipe para superar a pressão: o time está invicto há 11 jogos e nas cinco últimas partidas como visitante foram duas vitórias e três empates.
Embora a diretoria do Santos quisesse levar a partida para o Pacaembu, opção vetada pela Polícia Militar por causa do jogo entre Palmeiras e Cruzeiro na capital, os jogadores preferem a Baixada. "Por mim, jogávamos todos os jogos na Vila. É um campo em que a torcida faz pressão. Acredito que o adversário sente um pouco", disse Renato. Desde a chegada do técnico Dorival Junior, o Santos mantém 100% de aproveitamento em casa, com quatro vitórias. O treinador fez mistério no último treino e não permitiu a presença da imprensa, mas o time deve ser o mesmo que empatou com o Atlético-PR por 0 a 0 no sábado. A principal estratégia é atacar pelas laterais, especialmente com Victor Ferraz, e apostar na movimentação constante do quarteto formado por Lucas Lima, Geuvânio, Gabriel e Ricardo Oliveira. A esperança de gols é o camisa 9. Mesmo pressionado com as chances perdidas contra o Vasco e Atlético-PR, entre elas, duas penalidades, o artilheiro do Brasileiro tem crédito e foi confirmado como batedor oficial. "Ele foi o destaque do Paulistão. É o nosso artilheiro", disse Geuvânio.
No Corinthians, Tite levará o time principal à Vila Belmiro. Após reunião com a diretoria, ficou definido que ele não deixaria nenhum atleta de fora para dar prioridade ao Brasileiro Renato Augusto e Uendel, poupados contra o Avaí, domingo, retornam à equipe. O treinador reconhece que o maior desafio da sua equipe será ter rendimento parecido ao dos jogos no Itaquerão, onde o time venceu seus últimos sete confrontos: "Nenhuma equipe do mundo consegue jogar igual dentro e fora de casa, mas dá para manter o padrão."