Além de toda rotina intensa de treinamentos, que chega a ser superior a sete horas por dia, os dois paratletas também se submetem a longas sessões de fisioterapia. Trabalho desenvolvido há cinco anos pela fisioterapeuta especializada em neurofuncional e RPG, Ana Carolina Penteado, e que vem contribuindo para a manutenção da força dos atletas que possuem duas doenças que limitam os movimentos. No caso de Dirceu, a distrofia muscular de cintura, e em Maciel, a paralisia cerebral. "O primeiro passo foi mostrar a eles que a reabilitação de um paratleta e de um deficiente físico que não pratica esporte é muito diferente. A partir das necessidades individuais e com a experiência na área neurofuncional, fui aos poucos, desenvolvendo um programa de tratamento específico que foi dando resultado. Se um atleta regular com lesões já encontra dificuldade para manter o corpo saudável, imagina um corpo com limitações", explicou a fisioterapeuta Ana Carolina, que destaca que as medalhas conquistadas não são "termômetro" para o sucesso dos tratamentos. "O objetivo da fisioterapia, mais do que as conquistas no âmbito paradesportivo, é elevar a qualidade de vida e que eles mantenham suas funcionalidades fora do esporte". (J.P).