O secretário de Estado de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, a Prefeitura de Poá e representantes da iniciativa privada assinaram nesta segunda-feira (11) convênios para a construção das alças do Rodoanel Governador Mário Covas Trecho Leste —que integram o Complexo Viário do Alto Tietê — e para a reforma e modernização das estações de trem Poá e Calmon Viana. Para as alças do Rodoanel, a previsão é que as obras tenham início ainda neste ano e sejam finalizadas em 2027.
 
 O Complexo Viário do Alto Tietê, anunciado em março do ano passado, prevê a construção de novas alças de acesso para Suzano e Poá, tanto de entrada quanto de saída, nos dois sentidos do Rodoanel. A obra, estimada em cerca de R$ 1 bilhão, será executada pela concessionária SPMar, que administra o Trecho Leste do Rodoanel. “Estamos fazendo um investimento de mais de R$ 1 bilhão. É uma obra que vai trazer muito desenvolvimento econômico, ajudar a logística de todo o Alto Tietê e aliviar o trânsito”, destacou Benini.
 
 O prefeito de Poá, Saulo Souza, destacou as negociações para o projeto do complexo regional. "Há 20 anos esse sonho começou a ser escrito. Tantas mãos contribuíram para se tornar realidade. Esse importante complexo viário vai revolucionar a nossa mobilidade na região. É uma grande parte da obra dentro do território poaense", comentou o chefe do Executivo.  
 
 Em Poá, entre as intervenções previstas estão a construção de um novo viaduto, readequações na estrada Padre Eustáquio e melhorias ao longo da rodovia João Afonso de Souza Castellano (SP-66). Segundo a Prefeitura, o objetivo da obra é melhorar a fluidez viária e conectar Poá aos principais corredores logísticos do Estado. 

Já em Suzano, o projeto prevê ligação das vias no entorno do Rodoanel, a readequação do fluxo viário e melhorias na sinalização. As novas alças farão conexão com a rua Norma Favale, avenida Brasil, avenida Paul Percy Harris e a rodovia Henrique Eroles (SP-66). Além disso, será criada uma nova via paralela à rua Norma Favale, interligando as alças de entrada e saída. O prazo para conclusão das obras é de 24 meses.

A intervenção será realizada por meio de um Termo Aditivo Modificativo (TAM) entre o governo estadual, a SPMar e a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). “Estamos com a licença ambiental e a desapropriação encaminhada. É um prazo factível, queremos até antecipar para o início de 2027. Temos dois anos para a obra e acho que a gente consegue”, afirmou Benini.
 
 Estações de trem 

O evento também tratou de obras que fazem parte da concessão das Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A Comporte Participações S.A. é a concessionária responsável, após vencer o leilão realizado em 28 de março. Ao todo, o investimento será de R$ 14,3 bilhões, com previsão de dez novas estações, viagens mais rápidas e modernização das estruturas existentes.

"Nós também somos alvo de um grande investimento que será feito no setor de ferrovia, com uma nova estação de Calmon Viana, nos mesmos padrões das estações da região, e uma nova estação de Poá, completamente renovada", destacou o prefeito Saulo Souza.
 
 Os projetos nas estações poaenses incluem a construção de novos mezaninos, instalação de escadas rolantes, cobertura das plataformas, adequações de acessibilidade e requalificação do entorno. Também está prevista a revitalização de seis passarelas urbanas da cidade, com implantação de iluminação, câmeras de monitoramento e melhorias para pedestres.
 
 As estações de Calmon Viana e Poá fazem parte da Linha 11-Coral, que será estendida de Estudantes até a estação César de Sousa, em Mogi das Cruzes, com acréscimo de 4 quilômetros, e ampliada da Luz para a Barra Funda, em São Paulo. O intervalo entre os trens deve ser reduzido, e estão previstas quatro novas estações, além de reformas em 14 e a reconstrução de outras três. 

 A cerimônia, promovida pela Prefeitura, foi realizada na Praça de Eventos, e reuniu os prefeitos Pedro Ishi, de Suzano; Priscila Gambale, de Ferraz de Vasconcelos, e Luís Camargo, de Arujá, além de vereadores; o deputado estadual Marcos Damásio; o deputado e presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado; o deputado federal Mauricio Neves; o ex-prefeito de Suzano Rodrigo Ashiuchi, hoje secretário do Meio Ambiente de São Paulo; representantes da Artesp e das empresas responsáveis pelas obras.  

Pedágio

Questionado durante coletiva de Imprensa sobre a cobrança de pedágios nas rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga, Benini afirmou que a cobrança de tarifa será feita por meio de pórticos eletrônicos, instalados em Mogi e Arujá, a partir de novembro. “Se olhar hoje a Mogi-Dutra, vai ver que o pavimento está bem melhor. A Mogi-Bertioga não fechou neste ano. Acho que foi o primeiro em muitos que não fechou no verão e isso já mostra como o investimento da concessionária já melhora. Agora, para o futuro, teremos faixa adicional na Mogi-Dutra, e faixa adicional e correção de curvas na Mogi-Bertioga”, afirmou.