Calor, aço e força: Os três elementos são a base das lâminas que contam a história da Cutelaria Família Dantas, do empreendedor Pedro Dantas de Oliveira Filho. Morador de Mogi das Cruzes, cidade da Região Metropolitana de São Paulo, que carrega uma forte tradição metalúrgica, o cuteleiro fundou o negócio há cinco anos em uma guinada de carreira. Sua trajetória integra o quadro Sebrae Transforma, disponível nas redes sociais do Sebrae-SP.

 

A pandemia de Covid-19 trouxe muitas incertezas para o empreendedor, mas também o impulsionou a tomar uma decisão: mudar de área. "A matéria-prima que utilizava para criar meus produtos teve uma grande alta de preço. A cutelaria era um ramo que eu gostava, então decidi investir e mudar de negócio", explicou ele.

No quintal da sua casa nasceu a Cutelaria Família Dantas. De maneira improvisada, uma forma de bolo com combustível fazia o papel de fonte de calor para aquecer o aço que, após sucessivas marteladas, se transformava em facas. Hoje, o processo foi profissionalizado com o uso de fornos com controle de temperatura, mas o esforço manual ainda é essencial para forjar utensílios que carregam um DNA único.

 

A relação de Pedro Dantas com o Sebrae-SP começou em 2021, por intermédio do escritório regional do Alto Tietê. Incentivado pela esposa Alessandra, ele buscou o serviço para formalizar o negócio. "O Sebrae-SP foi transformador em minha vida. Um momento marcante foi em um curso no qual eu estava com dificuldades, e tive a assessoria de um consultor que acompanhou todas as aulas ao meu lado, tirando todas as dúvidas", contou Pedro.

 

As capacitações oferecidas pelo Sebrae-SP são aplicadas no cotidiano da cutelaria. Com a consultoria Ganhos Rápidos, o empreendedor aprendeu a organizar suas ferramentas para otimizar o trabalho. Além disso, os aprendizados adquiridos resultaram na criação de máquinas que automatizam processos e aumentam a produtividade. Atualmente, Pedro consegue produzir até 10 facas por semana, um avanço significativo em relação ao início, quando fabricava apenas 3 facas por mês.

 

Do cabo à bainha, todo o processo de produção é manual e reflete a criatividade do artesão, que reutiliza materiais descartados, como feixe de mola de caminhão, lixas de casco de cavalo, peças de veículos e madeira de demolição. Para quem deseja entrar no mundo do empreendedorismo, Pedro aconselha: "Procure o apoio do Sebrae-SP. Ele mudou a minha vida".

 

Para conhecer mais sobre essa história inspiradora, acompanhe o programa Sebrae Transforma, disponível nas redes sociais do Sebrae-SP

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