Iniciada no último dia 3, a greve da categoria do Sistema Socioeducativo da Fundação Casa segue por tempo indeterminado. Na região, duas unidades instaladas em Itaquaquecetuba e Arujá estão sendo afetadas pela paralisação que atinge 20% dos funcionários, já que existe uma decisão liminar quanto ao contingenciamento de 80% do efetivo em funcionamento nos respectivos Centros de medidas socioeducativas.

Em carta divulga no último sábado (6), o Sindicato dos Trabalhadores nas Fundações Públicas de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Privação de Liberdade do Estado de São Paulo (Sitsesp) pede apoio da população e da comunidade política para valorização dos trabalhadores. Na pauta de reivindicações da categoria estão a valorização nas carreiras, segurança no local de trabalho, reposição salarial contemple os anos de perda e desvalorização do poder de compra dos salários dos servidores, manutenção das cláusulas sociais e execução do Plano de Cargos, Carreira e Salários.

Ainda de acordo com a entidade, a única proposta do Governo do Estado foi um índice de 5,75% que não era suficiente para repor a inflação do período. Após uma reunião realizada no último dia 2, foi proposto um novo índice, agora de 6%, que também não foi aceito pela categoria. 

Após essas tratativas, ocorreram duas reuniões de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), sem acordo, e a categoria decidiu manter a paralisação. 

Na carta, o Sitsesp, acrescenta que "o Governo do Estado e a Gestão da Fundação CASA, vem negligenciando os pedidos reais da categoria, e com isso, colocando em risco a segurança dos trabalhadores bem como, daqueles adolescentes que se encontram internados nos 116 Centros e Unidades da Fundação CASA espalhados por todo Estado".

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Questionado pela reportagem do Mogi News/Dat sobre o número de colaboradores que estão paralisados na região, a Fundação Casa explicou que, por motivos de segurança, não informa o número de servidores em seus centros socioeducativos.

A instituição destacou que desde fevereiro tem se reunindo com o sindicato para negociar a valorização da categoria, oferecendo reajuste de 6%, inclusive sobre os benefícios ofertados aos servidores – vale-refeição, vale-alimentação e auxílios creche e funeral.

Além disso, propôs também a realização das avaliações de desempenho previstas no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) relativas aos anos de 2017, 2018 e 2019, ao longo dos próximos três semestres, viabilizando a possibilidade de progressão funcional nas carreiras.

Em reunião ocorrida no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) no último dia 3, também se comprometeu em promover objetivamente, de acordo com os critérios legais, os servidores no PCCS referente ao ano de 2017.

Em nota, a Fundação Casa finalizou dizendo que se mantém aberta ao diálogo com o sindicato a fim de encerrar a greve e valorizar os servidores.