A Câmara de Mogi está se mobilizando para cobrar rapidez na liberação da rodovia Mogi-Bertioga, interditada desde o dia 19 de fevereiro em função das fortes chuvas que devastaram o Litoral Norte. O objetivo é criar uma comissão de vereadores que acompanharão o andamento da obra e também solicitarão a ajuda dos vereadores da região para que a via seja reaberta e os comerciantes não tenham ainda mais prejuízos.
Na sessão de ontem (28/02) foi aprovada uma moção pelo vereador Otto Rezende (PSD) que solicita informações sobre os trabalhos e também pede que o Governo do Estado se sensibilize em relação a necessidade de ter a rodovia liberada o quanto antes e com isso agilize os trabalhos no local.
O vereador José Francimário Macedo (PL), o Farofa, afirmou ter sido procurado por comerciantes da região de Biritiba Ussu, Vila Moraes e Manuel Ferreira que estão preocupados com os prejuízos em função de consumidores. "Além desses empresários, o Sincomércio também está preocupado com essa situação, por isso a proposta é criar uma comissão de vereadores, juntamente com comerciantes e também as entidades de classe e assim unir forças para que a rodovia seja liberada o quanto antes", completou o parlamentar, que lembrou também os problemas e prejuízos que estão sendo enfrentados também pelos estudantes de Bertioga que frequentam as universidades de Mogi.
De acordo com o vereador Edson Santos (PSDB), cerca de 300 a 500 pessoas trabalham nos comércios e empresas que existem no entorno e nas margens da estrada, que, de acordo com a previsão do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), será liberada parcialmente em dois meses. "Vamos pedir uma atenção do Governo do Estado em relação as condições da estrada para que esses fechamentos que tanto atrapalham deixem de acontecer", finalizou.
Racismo
O caso de racismo registrado nessa semana, quando um homem de 44 anos denunciou à polícia que foi vítima de ofensas em uma estrada da cidade, também foi debatido na sessão da Câmara de ontem. Flávio Faustino de Oliveira contou que estava em Mogi a trabalho e que começou a ouvir as ofensas racistas de Laércio Elias Chamas ainda no trânsito. Os dois então pararam em um posto de combustível e Oliveira agrediu o homem que o chamava de "macaco".
Em função desse caso, mas para evitar que outros aconteçam em Mogi, o vereador Edson Alexandre Pereira (MDB), o Edinho, apresentou um requerimento criando uma comissão especial para apurar o episódio e também debater políticas públicas que possam fazer com que o racismo deixe de existir na cidade.