Região- O novo responsável pela Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes, Mucio Mattos Monteiro de Alvarenga, assumiu o cargo na última quarta-feira após mudanças realizadas pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Policial Civil há 37 anos, o delegado defende o conceito de que sempre é possível melhor atender as demandas pertinentes ao âmbito da polícia judiciária, racionalizando recursos e se valendo de tecnologia.
De acordo com o delegado, as principais demandas para a região são o meio ambiente, violência doméstica, contra o patrimônio, o tráfico de drogas, organizações criminosas e, dar atenção à área de inteligência. "Esse é o desafio que vai ser feito. Conheço Mogi porque estudei aqui, conheço a cidade e tenho como objetivo ser mais eficiente na segurança tanto da Polícia Civil, em conjunto com a Polícia Militar (PM), e depois em um segundo momento, com as prefeituras que são importantíssimas com a parte de equipamento de monitoramento e, principalmente, com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM)", destacou. O seccional falou também que está passando pelos processos burocráticos, mas que ainda vai ter mais detalhes sobre as investigações em andamento.
Alvarenga ressaltou a importância do bom funcionamento das delegacias das oito cidades de jurisdição da Delegacia Seccional, que são Mogi das Cruzes, Suzano, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá, Biritiba Mirim, Salesópolis e Gurarema. "A segurança pública é de duas muletas, Polícia Militar e Civil juntas ao Ministério Público. Se as três não estiverem alinhados você não tem segurança pública. Não existe PM sem a Polícia Civil e não existe nenhuma das duas sem a sobrevivência da Polícia Científica. Então, o entrosamento por todo lugar que eu passei é total. Se isso não está acontecendo há um equívoco muito grave entre os comandos", ressaltou.
Carreira
Antes da assumir a Seccional mogiana, doutor Mucio prestou serviços na Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) e permaneceu os últimos cinco anos como Delegado Seccional de Polícia do Litoral Norte do Estado. "Ingressei na polícia em 1º de julho 1985. Este ano completo 38 anos, dos quais cinco anos foi como investigador e os demais como delegado. Minha carreira grafitou entre o Litoral Norte de São Paulo e a capital paulista. Então, nesse período de 33 anos eu passei por todos os departamentos. Nos últimos dez anos fui delegado seccional norte que tem Ilha Bela, São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba uma região bastante extensa porque só em São Sebastião são 108 quilômetros de extensão", destacou Alvarenga.
Iniciativas
Alvarenga, criou o primeiro "Plantão de Polícia Remoto" do Brasil, que está em funcionamento desde o ano de 2016 na cidade de Caraguatatuba, por meio do qual também são recepcionadas as ocorrências policiais apresentadas nas delegacias dos outros municípios do Litoral Norte empregando, para tanto, apenas um delegado. "Gosto de tecnologia, criei o plantão remoto de polícia. O objetivo é otimizar o serviços e servir melhor com eficiência e com menos recursos. Dessa forma, fui colocando os projetos em prática", disse.
Sua iniciativa trouxe delegados de Polícia de outros Estados à Delegacia Seccional do Litoral Norte, que depois de conhecerem o novo conceito de plantão de polícia judiciária, implantaram nas suas respectivas Polícias Civis sistema semelhante de "Plantão Policial", sendo que a última foi a Polícia Civil de Minas Gerais. Essa iniciativa foi apontada no relatório do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo de 2019, como exemplo de eficiência na gestão pública. O delegado também criou o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente, onde os depoimentos especiais, previstos na Lei nº13.431/2017; também criou a Delegacia da Defesa da Mulher (DDM) de atendimento 24 horas por delegadas mulheres sendo um projeto importante ao Estado, que fortaleceu o quadro policial de São José dos Campos sendo referência de atuação da polícia civil na região.
Idealizado também pelo Dr. Múcio, antes da pandemia de Covid-19, o Projeto Omnipol, teve como objetivo deixar a figura do policial civil presente em todas as situações, com o recurso da videoconferência em plantões policiais. Com o projeto, os boletins de ocorrência são registrados com mais agilidade e sem deslocamento de recurso humano entre as cidades vizinhas, deixando o policial civil livre para a sua função principal, a investigativa.