Mogi - O mochileiro goiano Antônio Pajola, de 34 anos, e seu fiel companheiro canino, o Bob, sem raça definida, após serem vítimas de um furto em Boracéia, cidade litorânea de São Paulo, no último final de semana, buscam ajuda para seguir viagem. Ao chegarem em Mogi das Cruzes, a vereadora Fernanda Moreno (MDB) se prontificou em montar uma campanha junto à ONG Fera para ajudar a dupla.
"Fomos informados da situação de Antônio e Bob pelas redes sociais. Uma jornalista, simpatizante da causa, gravou de seu celular uma mensagem de apelo do mochileiro e nos encaminhou", disse a vereadora, que também é uma das fundadoras da ONG Fera.
Dentre as demandas dos viajantes, foi obtida uma caixa de transporte para Bob, bem como alguns calçados e roupas para Pajola. "Uma corrente do bem que se formou e a gratidão é sempre imensa", complementou Fernanda.
A campanha segue até o final de semana e alguns itens ainda estão pendentes para que os dois possam seguir viagem. "Precisamos ajudar Antônio a ter alguns itens que estavam na mochila, como garrafa térmica, por exemplo, e um aparelho celular com acesso à internet. É para o uso dos aplicativos para registro das viagens e trabalho voluntário", ressaltou Fernanda. Pajola é membro de um Workplace por aplicativo, onde mochileiros trocam suas habilidades por acomodação e alimentos.
Pajola ainda lembrou que uma mochila grande e uma barraca de camping também serão de grande utilidade na caminhada. No momento, a dupla está em um abrigo, montado pelo próprio rapaz, no Terminal Rodoviário Geraldo Scavone, no Mogilar, onde permanecerá até segunda-feira (16). Os interessados em colaborar podem entrar em contato com a ONG pelo @grupofera, no Instagram ou no Facebook. As redes sociais da dupla são @antoniobobmochilando2, que devem ser retomadas assim que conseguirem um celular.
Pajola e Bob viajam juntos há quase uma década, e durante todo esse tempo já percorreram dezenas de Estados brasileiros e passaram por oito países da América Latina, onde Pajola aprendeu a falar um pouco de espanhol. Com coisas simples - uma mochila, barraca de camping e um celular para registrar a caminhada - os amigos passaram por diversas aventuras, resgataram outros animais e, Pajola, conseguiu superar uma pneumonia graças a companhia do cão, como ele mesmo conta: "Ele é minha vida, meu filho. Ele é tudo que eu tenho", conclui.
*Texto supervisionado pelo editor.