Os índices de homicídios dolosos (quando há intenção de matar) registrados entre janeiro e novembro na região caíram 9,5% se comparado ao mesmo período do ano passado, segundo balanço mensal divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP). Em 11 meses de 2022 foram assassinadas 85 pessoas, contra 94 contabilizados em 2022.
Apesar da queda, o número de mortes ainda chama a atenção. Isso porque as dez cidades da região registram uma média de 7,7 homicídios por mês. O número inclui mortes em acidentes de trânsito, conforme levantamento da Pasta estadual.
Itaquaquecetuba concentra o maior número de homicídios, sendo 24 no total, seguido por Mogi das Cruzes com 21, Ferraz de Vasconcelos com 17 e Suzano com 13. Biritiba Mirim e Guararema foram as únicas cidades do Alto Tietê que não apresentaram esse tipo de delito entre janeiro e novembro, enquanto Salesópolis registrou apenas um.
Os casos de estupro apresentaram uma ligeira queda de 2%, um ponto percentual a mais que o registrado há um mês. Nos onze primeiros meses deste ano 433 pessoas foram violentadas, o que dá uma média de 39 casos por mês, incluindo estupros de vulneráveis. Em 2021 foram 442 registros. Itaquá lidera com 100 delitos, seguida por Mogi com 88 e Suzano com 79.
Já os índices de roubo, que incluem também roubo de carga e a banco, se mantiveram estáveis em um ano nas cidades do Alto Tietê. Com 8.057 registros em 2021 e 8.146 em 2022, o aumento foi de 1,1%.
Levantamento
Além de homicídios, estupros e roubos, o levantamento da SSP também apresenta dados sobre outros crimes, como furto, mortes por acidente de trânsito, lesão corporal e latrocínio.
São Paulo é pioneiro na divulgação mensal dos dados estatísticos por área, município e unidade policial. As estatísticas criminais são utilizadas para retratar a situação da segurança pública e permitir o planejamento de ações policiais e de investimentos no setor pelo governo do Estado.
Estado
A queda no número de estupros e homicídios seguiu a tendência identificada no Estado. A análise dos dados criminais feita pela SSP usou como referência o mês de novembro e os onze meses de 2019, período pré-pandemia do novo coronavírus (Covid-19) em que não houve restrição da circulação das pessoas.
Dessa forma, a taxa móvel de homicídios dolosos foi de 6,27 por 100 mil habitantes, no período de dezembro de 2021 a novembro de 2022. Com este número, os casos passaram, em novembro, de 246 para 218 boletins, queda de 11,4%, e atingiram assim, o menor patamar da série histórica, iniciada em 2001.
