Alto Tietê - Seis escolas públicas da Região Metropolitana recebem o "Voltando à Escola" nos meses de outubro e novembro. Artistas vão transformar os espaços educacionais com ferramentas do grafite: spray, tinta e mensagem social, em mais uma edição do projeto, que utiliza recursos do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do governo do Estado.
A revitalização acontece em escolas da rede municipal de ensino de Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos e Salesópolis, além de Guarulhos. A arte urbana estará presente por meio de cores, formas e movimentos em salas de aula, áreas de convivência, quadras, empenas, pátios e muros internos. Ao todo, cerca de cinco mil crianças e adolescentes, além das comunidades do entorno das escolas, serão impactados pela ação, que conta com a patrocínio da EDP Brasil, distribuidora de energia elétrica no Alto Tietê, e do Instituto EDP Energias do Brasil, e tem apoio de ArtCans e a coordenação da Conecta Cultura.
Palestras e oficinas de produção criativa e de reciclagem de materiais também fazem do programa das ações em todas as escolas contempladas. Idealizador e curador do "Voltando à Escola", o artista Célio ressalta a importância das ações: "Possibilitar a interação entre jovens estudantes e artistas e que obras de arte façam parte da rotina escolar são objetivos do 'Voltando à Escola', que preza pela cidadania no ambiente educacional, principalmente depois de anos muito difíceis de pandemia. Queremos levar cor, alegria e esperança a comunidades por meio do pensamento artístico, intrinsicamente ligado ao conhecimento e à democracia", afirmou Célio, que convidou artistas renomados como Tinho, Binho, Tito Ferrara, Bieto, Cueio, Rosália, Mari Mats e Terceira Visão.
O projeto, que agora chega a região, nasceu há cinco anos pelas mãos do idealizador Célio, que reuniu um pequeno grupo de artistas para pintar uma escola em São Paulo. O movimento já percorreu seis Estados brasileiros, transformando mais de 50 escolas públicas, promovendo o diálogo entre diretores, professores, alunos e comunidade, o acesso à arte urbana em bairros periféricos e a prática da cidadania.