O Alto Tietê possui 8.833 alunos matriculados nas modalidades de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e no Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA). De acordo com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), são 36 escolas que ofertam o EJA nas cidades de Mogi das Cruzes, Suzano, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Guararema, Arujá, Biritiba Mirim, Salesópolis e Santa Isabel. Em Poá, Mogi e Itaquá, o CEEJA também está disponível, atendendo 3.899 estudantes. No EJA, estão matriculados 4.934 alunos. 

Podem se inscrever no EJA pessoas a partir dos 15 anos completos e que não concluíram o Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), já para o Ensino Médio, a idade mínima é a partir dos 18 anos. No CEEJA, o Fundamental e Médio é a partir de 18 anos. Ambas modalidades são oferecidas pela rede estadual de ensino. A Seduc informa que a média de idade dos estudantes é de 29 anos, enquanto que a média do CEEJA é de 35 anos. Para obter o certificado, tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Médio, é preciso realizar o Exame Nacional para Certificação de Competências para Jovens e Adultos (Encceja).

Para os interessados, o processo de matrícula é feito em três formatos: pela Secretaria Escolar Digital (https://sed.educacao.sp.gov.br/); presencialmente o interessado também pode se inscrever em qualquer escola estadual. A última opção, é ir à unidade do Poupatempo mais próxima. A Seduc reforça que as vagas são abertas de acordo com a demanda, portanto, é preciso verificar com a unidade do município.

Há também iniciativas municipais, como em Mogi, onde a Secretaria de Educação de Mogi das Cruzes está com inscrições abertas para o EJA até o dia 15 de julho. As aulas serão na EM. Coronel Almeida, localizada no centro de Mogi.

De acordo com o técnico do EJA, Luiz Tozetto, o EJA tem modelo de funcionamento obrigatório, em que é preciso ir à escola todos os dias, de segunda a sexta-feira. Já o centro estadual é flexível e sem a obrigatoriedade da presença diária, além da possibilidade de escolher o horário, com atendimento individualizado que o EJA não tem. A presença nesta modalidade é de pelo menos uma vez por mês e com três anos para concluir. 

Tozetto destaca que a educação é um ponto muito importante para quem quer viver com mais qualidade na sociedade, pois tem a capacidade de mudar e agregar na coletividade, além de contribuir com a economia do país. Ele ainda ressalta que a desigualdade social faz com que as pessoas parem com os estudos, e "a educação é um direito de todos".

O técnico explica que muitas vezes os estudantes param para trabalhar para cuidar da família, e no recorte por gênero, é possível identificar que muitas mulheres interrompem os estudos por serem impedidas no âmbito familiar.