Muitos católicos, devido à Quaresma, período que antecede a Páscoa, optam pelo consumo de peixe ao invés de carne vermelha. Por isso, nesse período as peixarias costumam se preparar para atender um maior número de clientes. Para Denilson Hortencio, responsável por uma peixaria no bairro Jardim das Acácias, em Mogi das Cruzes, as vendas aumentaram um pouco no começo do mês, mas deve ser mais significativo na própria semana da Páscoa, que este ano será celebrada no dia 17 de abril.
O bacalhau, embora seja tradicionalmente consumido na Páscoa, não é vendido na peixaria. “Não vendo, porque os grandes mercados têm um preço melhor e nem tem procura também”, explica Hortencio. Entre os peixes mais comprados pelos clientes, ele lista a sardinha e o cação, e filés de merluza, de pescada e de tilápia. Aniele de Jesus Guimarães, 34 anos, vendedora, afirma que já consome peixes semanalmente. “Eu gosto de fazer o peixe cozido, a tilápia no molho fica muito boa”.
Para Lucas Moura, proprietário de uma peixaria no centro de Mogi, a expectativa é manter o ritmo de vendas do ano de 2021. “Nessa época, vendemos três vezes mais”, explicou. A peixaria de Lucas também não vende bacalhau, favorecendo o consumo de peixes frescos. “Os peixes que mais saem são sardinha, corvina, filé de merluza e cação, peixes mais populares”, afirmou.
Páscoa
De acordo com o trabalho “Quaresma e seu Código Alimentar: Limites e Possibilidades dos Alimentos”, de Raniérica Silva de Sousa Batista, é na Quaresma que os cristãos praticam o jejum e a abstinência de carne, ou de outros alimentos como chocolates, bebidas alcoólicas. O consumo de peixes é muito associado à Quaresma e a Páscoa estando ligada à história do cristianismo.