Mogi - Uma moradora da Vila Nova União, em Mogi das Cruzes, pede a ajuda da comunidade para conseguir terminar a construção de sua casa, após ter sua moradia destruída pelas chuvas que atingiram a cidade em setembro deste ano. Para isso, Márcia Cristina Moreira pede a doação não de dinheiro, mas de materiais de construção.
Márcia trabalha como funcionária terceirizada da Câmara de Vereadores de Mogi das Cruzes no setor de limpeza, e vive com mais 12 pessoas, entre filhos, filhas e netos. Há dois meses, sua moradia na Vila Nova União foi atingida pelas chuvas, que acabou interditada pelas autoridades.
Desde então, ela vive em um cômodo alugado com sua família, e busca recursos para conseguir construir sua casa, localizada na rua Yoshio Honda, na Vila Nova União. "Tive a ajuda de um vizinho que conseguiu me ceder um terreno na comunidade, e também pude contar com a doação de tijolos e outros materiais", conta.
Para voltar a ter sua casa própria, ela pede a ajuda da comunidade para doações - não de dinheiro, mas de materiais para o acabamento. "Dentre as coisas que faltam, estão portas e janelas", afirmou.
Segundo a profissional de limpeza, a Prefeitura de Mogi das Cruzes, por meio da Secretaria de Assistência Social, chegou a fazer contato com ela após o incidente com sua casa, mas desde então não teve mais continuação. "Nos procuraram e falaram sobre o que poderia ser feito, mas não foi além disso", afirmou.
Pessoas e entidades que estiverem interessadas em ajudar podem entrar em contato diretamente com Márcia Cristina pelo telefone (11) 99345-3292.
Prefeitura de Mogi
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Mogi para saber sobre como está sendo gerenciado o caso de Márcia Cristina pela equipe de Assistência Social do município.
Segundo a Secretaria de Assistência Social, Márcia é acompanhada pela equipe do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) da Vila Nova União, e que o caso foi encaminhado para a Coordenadoria de Habitação. "Na época, foi identificado que ela já havia se mudado para uma outra unidade habitacional não interditada pela Defesa Civil. A Coordenadoria fará novo contato para verificar se houve alguma alteração em sua condição", afirmou.
A administração municipal informou que Mogi conta com o programa Auxílio Moradia Emergencial. Para ser beneficiário, é preciso que seja morador de área pública ou privada considerada de risco pela Defesa Civil, e que tenha sido interditada; ter renda familiar de até três salários mínimos, residir no município há pelo menos três anos e não ter outro imóvel em seu nome. Também deve conceder autorização pra que o município realize a demolição do imóvel em área de risco iminente ou interditado.
Atualmente, o déficit habitacional da cidade é estimado em 30 mil unidades. "Uma das metas da Coordenadoria de Habitação é revisar o Plano Municipal de Habitação de Interesse Social e realizar um novo cadastro, para obter um diagnóstico mais atualizado e preciso", concluiu.