Para aumentar a comodidade de clientes e de seus funcionários, sem comprometer o aspecto da segurança, em geral, o banco Santander iniciou o processo de retirada de portas giratórias há 12 meses. Com isso, a instituição bancária ampliou o modelo de autoatendimento, ou seja, passou a oferecer operações totalmente online e, ao mesmo tempo, reforçou o seu sistema de vigilância eletrônica 24 horas, sobretudo, no lado externo de suas agências.
Por outro lado, como Ferraz obriga a presença de porta giratória desde 1993, à agência Santander, na Avenida XV de Novembro, no centro, acabou sendo notificada por extinguir o equipamento. Agora, o banco quer que essa medida passe a ser opcional, assim como, já estabelece a legislação federal. Para tanto, o responsável pela segurança do banco, Otávio de Sá, o gerente local, Vinicius Frazão e o superintendente de atendimento Cassiano Pires se reuniram com um grupo de vereadores anteontem, na câmara municipal, no centro.
Na audiência, foi inclusive apresentado um esboço do texto que poderá alterar o parágrafo único do artigo 1º da lei municipal nº 2.056, de 22 de junho de 1993. Com isso, caso a proposta seja aprovada e depois sancionada pelo poder Executivo, as agências bancárias situadas na cidade ficam dispensadas da obrigatoriedade de manter portas giratórias, isto é, a decisão torna-se facultativa, mas sem prejuízo de outros dispositivos de segurança.
Na prática, 315 agências bancárias de um total de 3.067 lojas do banco Santander espalhadas pelo país já não possuem mais o dispositivo da porta giratória. No Alto Tietê, além de Ferraz de Vasconcelos, Poá e Suzano também aboliram esse sistema de controle de entrada dos clientes. O novo modelo nos serviços inclui disponibilidade de novas transações e funcionalidades no autoatendimento, transferências online, gerentes com autonomia para atendimento e a eliminação de 14 atividades operacionais.
De acordo com o responsável pelo setor de segurança do Santander, Otávio Donizeti de Sá, antes da implantação da medida revolucionária, o banco gastava por dia para cobrir perdas como, por exemplo, ressarcir clientes em torno de R$155 mil. Agora, esse percentual atinge a R$4 mil, o que representa uma redução de 97%. Além disso, segundo ele, em todas as agências onde foi modernizado o sistema de autoatendimento e de segurança eletrônica não registraram nenhuma ocorrência, em 2019.
Em contrapartida, em 2016, esse mesmo número de estabelecimentos bancários do grupo Santander sofreram 12 roubos e quatro tentativas de assalto. Em 2017, foram sete roubos e cinco tentativas. No ano passado, nenhum assalto e duas tentativas. Como o total de 3.067 agências empregam em média 12 colaboradores cada, de 2016 a 2019, o capital humano afetado por roubos ou tentativas apresentou uma diminuição de 92%.