O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) tem como modelo um projeto norte-americano criado em 1983, conhecido pela sigla DARE (Drug Abuse Resistance Education, que pode ser traduzido como Educação para Resistência ao Abuso de Drogas). A primeira cidade a receber o projeto no país foi o Rio de Janeiro em 1992.
Um dos pontos principais do programa é a indicação de policiais que tenham o perfil exigido. "Na Polícia Militar, temos perfis para tudo, como mais repressivo para a Força Tática, por exemplo. Para o Proerd, é preciso ter uma empatia com o programa, com a Educação, gostar de lidar com as crianças. Embora esteja fardado, o policial precisa cativar as crianças", explica o capitão Marcos Douglas Guillon, responsável pelo programa na região.
No Alto Tietê atuam cinco instrutores, incluindo o sargento Ferreira, que também participa como mentor, ou seja, pode oferecer um curso ou um treinamento de atualização para policiais militares. O sargento fez um curso de formação em 2001, e desde 2002 atua no programa educativo.
O instrutor conta que no princípio a presença do policial em sala de aula causa apreensão entre os alunos. O trabalho é feito para deixá-los à vontade. "O instrutor é preparado para quebrar a resistência e mostrar que a Polícia não está ali para prender, reprimir, mas para ensinar e educar. Que eles vejam o policial como um amigo preocupado com a vida deles e de sua família. O aluno pode ser uma semente que vai mudar uma família, no caso daqueles que têm um histórico de violência, por exemplo", destacou. (K.B.)