A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) registrou 391 solicitações de hidrômetros desaparecidos ou furtados no Alto Tietê em um período de janeiro a dezembro do ano passado.
Ainda de acordo com a companhia, estas ocorrências não têm impacto sobre o abastecimento de um bairro, e ocorrem porque os hidrômetros são furtados para serem revendidos como sucata no mercado clandestino, porém, o material não é valioso.
Os materiais utilizados na fabricação desses aparelhos são ferro fundido, plástico e vidro, portanto, a informação de que o furto se dá pelo valor do metal não procede.
Os clientes que tiveram os seus medidores furtados devem registrar boletim de ocorrência para que a polícia investigue o crime. Devem também ligar para a Central de Atendimento Telefônico da Sabesp (195) para registrar o desaparecimento do medidor.
Uma das formas de evitar o furto de hidrômetro é com a instalação da Caixa Unidade de Medição de Água (UMC), segundo recomendações da Sabesp. Este é o novo padrão de ligação da Sabesp. A caixa faculta o acesso apenas ao registro do imóvel, preservando a integridade do medidor. Pode ser comprada nos principais depósitos e casas de materiais de construção e é identificada com selo de inspeção da companhia.
Assim como para a Sabesp, os furtos de hidrômetros não são, atualmente, uma preocupação para o Serviço de Águas e Esgotos (Semae), pois afirmam que este tipo de caso acontece com pouca frequência.
A empresa conta que antigamente, quando os hidrômetros tinham metal em sua composição, os furtos ocorriam com mais frequência, mas, mesmo assim, nunca aconteceram em quantidade elevada.
Nos últimos anos, Mogi das Cruzes teve todos os hidrômetros, com mais de 10 anos de uso, trocados por equipamentos modernos.
A orientação para o cidadão que tiver o hidrômetro furtado é fazer o registro de Boletim de Ocorrência e informar o Semae imediatamente. Quando isso ocorre, a troca é feita rapidamente, sem maiores prejuízos de perda de água.
Furto de água
Apesar dos furtos de hidrômetros ocorrerem com pouca frequência no Alto Tietê, os de água, realizados por meio de "gatos", como são chamadas as ligações clandestinas, são muito comuns. Somente no ano passado firam registradas 995 ocorrências, segundo informações do Semae.
Apesar do alto índice no ano passado, esse tipo de ação já foi ainda mais frequente, e, segundo um levantamento recente, 2017 apontou uma diminuição de 49,6% dos casos. Apenas em 2016 foram registradas 1.976 autuações no Alto Tietê.
Uma das ferramentas que auxiliam na detecção de ocorrências são os canais de denúncia.Nestes casos, são aplicadas multas por infração, com valor definido pelo tipo de fraude.
De acordo com o Semae, também são tomadas ações jurídicas por meio de Botim de Ocorrência e ações policiais, que podem levar o responsável pelo delito à prisão. (Texto sob supervisão do editor)