Em reunião realizada ontem entre secretários da Prefeitura de Arujá e representantes da Secretaria Estadual de Habitação, o prefeito José Luiz Monteiro (PMDB) reivindicou mudanças no projeto da Parceria Público-Privada (PPP) habitacional do governo de São Paulo, na área da Fazenda Albor.
O encontro ocorreu no Paço Municipal, com o intuito de discutir as diretrizes da PPP, projetada para um terreno de 2,7 milhões de metros quadrados situado nos limites de Arujá, Guarulhos e Itaquaquecetuba. A intervenção habitacional resultaria em 13,1 mil novas moradias na Fazenda Albor, com capacidade para abrigar cerca de 50 mil pessoas, considerando uma média de quatro pessoas por casa.
Para o prefeito arujaense, o aumento populacional que a PPP traria para o município é desproporcional, mal planejado e acarretaria problemas sociais e de infraestrutura irreversíveis. "Nossa preocupação é com as consequências desse projeto, com o ônus sobre o município", disse.
Segundo os secretários municipais de Planejamento e Obras, Juvenal Penteado e Ciro Doi, o ideal é que a área que compete a Arujá seja utilizada para a construção de um centro industrial junto à iniciativa privada, além de um conjunto habitacional. Os secretários entendem que um centro industrial renderia mais desenvolvimento econômico e, consequentemente, mais arrecadação e empregos para a população.
Com relação ao conjunto habitacional, Doi defende que o mesmo atenda as pessoas que já moram em Arujá e que estão cadastradas na Secretaria de Habitação do município.
José Luiz reiterou que, por parte da Prefeitura, a oposição a alguns pontos do atual projeto da PPP não representa fechar as portas de Arujá para novos moradores, mas sim priorizar a qualidade de vida da população.
A equipe da Casa Paulista, agência de habitação social vinculada à Secretaria Estadual de Habitação, solicitou ao fim do encontro que a Prefeitura formalize os pedidos de alterações no projeto para que sejam analisados.