A Doença de Parkinson é a segunda doença neurológica mais frequente no idoso, ficando atrás apenas da Doença de Alzheimer. Não é uma doença fatal e não afeta inicialmente a memória ou a capacidade intelectual. É uma doença crônica e lentamente progressiva, atingindo ao menos 1% da população idosa.
De acordo com a médica geriatra Fernanda Fontes Mangerona, os primeiros sintomas são sutis e diagnosticar a doença pode ser algo difícil, principalmente para o médico não especialista. O diagnóstico é clínico e consiste na identificação de ao menos dois dos três sinais a seguir: lentificação dos movimentos, rigidez e tremor de repouso.
O comprometimento cognitivo (memória, juizo, raciocínio) ocorre normalmente com a evolução da doença, quando as alterações ficam mais evidentes, sobretudo após os 50 anos. "Infelizmente o diagnóstico da Doença de Parkinson no Brasil é tardio", acrescentou a médica. Segundo ela, é preciso entender que o tremor, sinal mais conhecido pela população, não é o sinal central desta condição clínica. Pode até ser o sintoma que menos interfere nas atividades da vida diária e consequentemente na qualidade de vida, podendo ser contornado por adaptações nestas atividades, geralmente com o auxilio de um profissional da Terapia Ocupacional. "Devemos estar sempre atentos aos sintomas, tornando assim o diagnóstico mais rápido e melhorando a qualidade de vida dos nossos pacientes parkinsonianos".