Segue sem data para serem retomadas as obras dos coletores-troncos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que evitarão que a produção de esgoto seja jogada no rio Tietê, na região. Isso porque ainda está em andamento uma rescisão judicial que a estatal teve com a antiga companhia que promovia a construção dos coletores, também conhecidos como interceptores.
A reportagem esteve nos últimos dias na avenida Major Pinheiro Fróes (SP-66), na Vila Maria de Maggi, e notou que a obra já se tornou parte da arquitetura de Suzano, uma vez que fica difícil não perceber os quatro enormes buracos feitos na via para a passagem do Shield, mais conhecido como tatuzão, que promove a perfuração para a criação dos coletores.
No entanto, ao passar pelo local, fica claro o aparente estado de abandono em que se encontram esses quatro poços, com lixo e água suja dentro dos buracos, além da grade enferrujada que separa o espaço da via.
A Sabesp esclarece que "o contrato firmado para a execução das obras está em processo de rescisão judicial, mas, devido a sua importância para a região, a companhia está empenhada em dar continuidade à instalação do interceptor. Tanto que uma nova licitação deverá ser realizada após o encerramento deste processo, que ainda está em andamento".
Sobre o estado de abandono dos locais abertos, a empresa destacou que "a Sabesp acompanha a segurança dos poços de serviço periodicamente para evitar problemas com os transeuntes".
A obra, anunciada em 2013, e atualmente com 77% das instalações concluídas, deverá beneficiar as cidades de Arujá, Itaquaquecetuba e Suzano. Segundo a companhia "os novos coletores-tronco vão enviar para tratamento os esgotos do Caputera e do Distrito Industrial, em Arujá, e do Jardim Caiuby, Jardim Maragogipe, Jardim Odete, Jardim Pinheirinho e Vila São Carlos, em Itaquá".
Já em Suzano, o sistema receberá coletores-tronco para enviar para tratamento o esgoto dos bairros Boa Vista e Jardim São José.