O Aterro de Resíduos Inertes Itaquareia, em Itaquaquecetuba, será o destino dos cerca de 343 mil metros quadrados de sedimentos (areia, argila e materiais não inertes) e lixo depositados no canal do rio Tietê, durante os serviços de desassoreamento no trecho entre o córrego Três Pontes, na divisa de São Paulo com Itaquaquecetuba, e o córrego Ipiranga, em Mogi das Cruzes. As informações são do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).
O espaço é um dos poucos na região com capacidade de recepcionar até 2.000 viagens/dia de resíduos provenientes de dragagem de corpos d'água e resíduos inertes classificados como II B e classe A, atuando no campo da triagem da fração reciclagem e trituração do resíduo da construção civil.
De acordo com nota encaminhada pela assessoria de imprensa, "todo o processo de licenciamento já foi realizado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente/Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo)". "Isso inclui, naturalmente, as áreas de bota fora do material dragado", diz o documento.
Orçadas em R$ 37,7 milhões, as obras de desassoreamento de cerca de 44,2 quilômetros de extensão do Tietê na região, tiveram início nesta semana, após visita do governador Geraldo Alckmin (PSDB) a Mogi das Cruzes. A expectativa é de que os trabalhos, a serem realizados em três frentes (Mogi, Suzano, e Itaquá), durem em torno de 18 meses.
Em entrevista ao Grupo MN, durante lançamento da obra, o superintendente do DAEE, Ricardo Borsari, disse que, com a obra, os problemas de enchentes aos moradores do Alto Tietê serão minimizados em torno de 40%, em 2017, e totalmente no verão de 2018. "Trata-se de uma obra complexa, cheia de etapas e a longo prazo", disse. "Embora seja uma região de planície, o Tietê é cheio de meandros, com algumas rochas em suas margens, o que necessitará de algumas explosões. Tudo isso requer tempo, mas ainda assim, nesta cheia (verão 2016/2017), será perceptível a melhora", garantiu.