Os técnicos do Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (NUTAU/USP) apresentaram ontem pela manhã aos prefeitos de Ferraz de Vasconcelos, José Izidro Neto (PMDB) e de Suzano, Paulo Tokuzumi (PSDB), o resultado do estudo sobre a Bacia do Rio Guaió. Entre as propostas apresentadas estão a criação de novas zonas, área de expansão urbana controlada e a criação de uma área de expansão restrita. Ficou definido no encontro que cada cidade tem as suas particularidades que serão discutidas posteriormente.
A bacia que abrange cinco municípios no total, além de Suzano e Ferraz, as cidades de Poá, Mauá e Ribeirão Pires, que também enviaram técnicos para acompanhar a reunião ocorrida no gabinete do prefeito suzanense ontem. O objetivo da discussão é que as cinco cidades atuem de forma integrada e ofereçam uma proposta ao governo estadual para o desenvolvimento da região e ao mesmo tempo a sua preservação. 
A Nutau foi contratada pela Prefeitura de Suzano para fazer um diagnóstico sobre a situação da Bacia do Rio Guaió e que os municípios apresentem ao Estado uma alternativa mais condizente com a realidade regional. O prazo de 180 dias para a efetivação da minuta da lei específica da área de proteção e recuperação da bacia do Rio Guaió vence em maio e a legislação precisa ser aprovada o quanto antes. As propostas de Suzano, Ferraz, Mauá, Ribeirão Pires e Poá serão encaminhadas ao Subcomitê da Bacia Hidrográfica e posteriormente ao Comitê da Bacia Hidrográfica. Tudo isso precisa ser aprovado antes dos prazos da Lei Eleitoral.
Izidro Neto defendeu maior rapidez nas discussões deste assunto para tentar conter as ocupações irregulares. "A discussão regional é importante e temos que agir com mais celeridade para evitar que quando esta lei chegue a região já esteja ocupada e comprometida", afirmou o prefeito, que foi para o encontro acompanhado dos técnicos da Secretaria do Verde e Meio Ambiente e do Planejamento.
Para Tokuzumi, se os municípios não se unirem para propor um modelo de desenvolvimento, as cidades sofrerão invasões. "Queremos um novo modelo para que ela seja ocupada levando em consideração o desenvolvimento e a preservação ambiental".
Entre os problemas da região levantados no estudo estão as áreas degradadas por ocupações irregulares, áreas sensíveis a novas ocupações, mão de obra desqualificada, déficit habitacional e a falta de recursos públicos.