Vândalos atearam fogo em seis ônibus que estavam na antiga garagem da Viação Suzano Ltda. (Visul), ao lado do 32º Batalhão da Polícia Militar, no Jardim Monte Cristo. O crime ocorreu na manhã de ontem, pouco antes das 9 horas. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu apagar as chamas. Frequentemente, o espaço é alvo de criminosos e ponto de encontro para usuários de drogas, segundo relatos de vizinhos.
Quem passa por ali sempre nota a presença de pessoas dentro do imóvel. Eles circulam livremente na garagem como se fossem os "donos" da área. Inclusive, é assim que eles se classificam, de acordo com os moradores do entorno.
O Dat esteve no bairro ontem e flagrou a presença de três homens no Pátio Municipal desativado, que é vizinho do Batalhão da PM e da antiga sede da Visul. Eles estavam vasculhando em meio às carcaças dos veículos, mas saíram da área logo que notaram a presença da reportagem. Em seguida, os mesmos foram vistos dentro da garagem da Visul e também saíram quando perceberam que eram observados.
Quem mora na avenida Paulista, onde ficam a garagem e o 32º Batalhão da PM, se assustou com as chamas e a fumaça preta que saía da área. "Essa não é a primeira vez que acontece isso. Sempre tem gente lá dentro usando drogas e já colocaram fogo antes", lembrou uma moradora do entorno, que não quis ser identificada. "A primeira vez que pegou fogo foi pior porque a gente ouvia os estalos dos vidros estourando. Deu até medo".
O Pátio Municipal do Monte Cristo está desativado e é usado pelos invasores para ter acesso à garagem da Visul. No entanto, a área fica aberta para quem quiser entrar, pois uma das cercas foi destruída. A falta de segurança faz parte do dia a dia dos moradores. "A partir das 18 horas é um 'entra e sai' de gente. Só tem 'nóia' aqui. O nosso sossego acabou", disse um dos vizinhos do local, que pediu para ter a identidade preservada. "Sem contar que acontecem assaltos sempre. E isso porque estamos ao lado da Polícia Militar", observou.
O prédio da Visul está em situação de abandono com mato alto no interior e vários veículos abrigados no espaço, que está a venda. A reportagem do Dat tentou entrar em contato com os proprietários do imóvel, mas eles não foram localizados.