Um perito contratado pela Torcida Tricolor Independente do São Paulo Futebol Clube avaliou como "indevidos" os valores que estão sendo cobrados pela Prefeitura de Mogi das Cruzes, para custear o reparo dos estragos causados no estádio municipal "Francisco Ribeiro Nogueira", a arena Nogueirão. A quebradeira ocorreu durante partida da Copa São Paulo de Futebol Júnior, realizada em janeiro.
Conforme já noticiado, o preço total do prejuízo, segundo a avaliação da administração municipal, é de R$ 68.896,67. Estão computados os danos à estrutura do estádio e à viaturas que davam suporte para a realização do jogo. No entanto, de acordo com o presidente da Torcida Tricolor Independente, Henrique Gomes, o profissional contratado pela organizada considerou que o montante é superior ao que deve ser custeado pela Independente. "Nós enviamos o perito para Mogi, mas não deixaram ele entrar no estádio. Mas só de olhar os documentos e as imagens, ele verificou que o valor cobrado pela Prefeitura é injusto", disse.
Segundo Gomes, a organizada se comprometeu a arcar com as despesas dos reparos, mediante a "pagamento justo e apenas pelos danos que foram de autoria de membros da Independente". "Nós não estamos fugindo da responsabilidade e vamos arcar com os dados. Só que iremos pagar apenas pelo que foi danificado pela Torcida. Nós aceitamos sim, o custeio justo", comentou.
Ainda segundo ele, neste momento aguarda-se um posicionamento da administração municipal, para que os valores sejam negociados. "Com base no que foi avaliado pelo perito, enviamos uma carta para o secretário de Segurança Pública de Mogi, aguardando um parecer. Até agora não tivemos resposta", contou.
A Procuradoria do município, por sua vez, informou que foram notificados, extrajudicialmente, para pagamento dos prejuízos, a Federação Paulista de Futebol, que era a organizadora da partida, o São Paulo Futebol Clube e a Torcida Independente. No entanto, nenhuma das três entidades concordou com o pagamento do valor. "Sendo assim, a Procuradoria está reunindo elementos para que a cobrança do prejuízo ao município seja feita de forma judicial, incluindo os danos à imagem da cidade, que vinha sendo exemplo de boa organização no decorrer da Copa São Paulo", esclareceu.