O surto da gripe A, provocado pelo vírus H1N1, e que já resultou na morte de mais de 35 pessoas no Estado de São Paulo em decorrência de suas complicações, tem deixado muita gente preocupada na região. A médica Tereza Nihei, da Vigilância Epidemiológica, no entanto, orienta a população a não simplesmente temer a epidemia, mas sim buscar informações antes de qualquer decisão sobre os sintomas.
"Os sinais e sintomas da gripe H1N1 são muito parecidos com os da gripe comum. Eles são adquiridos por meio de secreções respiratórias, como saliva, tosse ou espirro, mas podem ser um pouco mais graves e costumam incluir algumas complicações", explica Tereza. "Após alguns espirros, entretanto, não há o que temer, o melhor é buscar informações antes de procurar um pronto atendimento de imediato, pois nesses locais o paciente está mais propenso a adquirir outras doenças transmissíveis com o contato e pelo ar", ressalta.
Na semana passada, a Secretaria Estadual da Saúde oficializou a antecipação da Campanha de Vacinação Contra a Gripe nos 39 municípios da Grande São Paulo. A primeira etapa começou na segunda-feira, com a imunização dos profissionais de Saúde dos hospitais públicos e privados. No próximo dia 11, será a vez das crianças entre seis meses e menores de cinco anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais e as gestantes, serem imunizados. Já no dia 18 de abril, as doses estarão liberadas para pessoas com doenças crônicas, puérperas (mulheres em fase de pós-parto) e indígenas. "Inicialmente a Campanha de Vacinação estava marcada para o dia 30, porém, após o surto ela foi antecipada pelo Estado", relembra. "É preciso reforçar que os demais funcionários da área da Saúde que não se encaixam no grupo que já está recebendo a vacina, serão vacinados no próximo dia 30".
De acordo com a médica, a vacina protege contra o H1N1 e outros tipos do vírus (H3N2 e B/Brisbane), entretanto, é possível também fazer a prevenção dentro de casa. " Evitar permanecer em locais fechados e com um aglomerado de pessoas, lavar sempre as mãos e evitar de levá-la à boca ou ao nariz, e permanecer distante de quem apresenta os sintomas, são os principais fatores que podem prevenir uma pessoa a desenvolver gripe H1N1", explica. "É preciso ressaltar que após a vacinação, o cidadão não estará imediatamente imune ao vírus. O processo leva em torno de duas semanas", finaliza. (V.F.)
