O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Poá (Sintep) se reuniu, na manhã de ontem, com o prefeito Marcos Borges (PPS) e secretários municipais, para apresentar diversas reivindicações da categoria, entre elas, o reajuste salarial, aumento no vale-alimentação e convênio médico, além de regime próprio de previdência social. Na ocasião, houve manifestação com cerca de 100 professores em frente à prefeitura, na avenida Brasil, mas o trânsito não foi prejudicado. O prefeito, por sua vez, prometeu dar uma resposta à categoria, especialmente no que diz respeito ao reajuste.
O Executivo prometeu analisar as solicitações e apresentar uma nova proposta na próxima reunião, agendada com a categoria para 28 de abril, às 10h30, no gabinete do prefeito.
Se até essa data nada for apresentado, os professores iniciarão uma greve até que as negociações avancem, segundo adiantou o presidente do Sintep, Rodrigo Botelho Santos. A data-base da categoria é 1º de maio e a rede de ensino poaense conta com cerca de 2,3 mil funcionários, sendo 1 mil professores.
Parte dos educadores da rede municipal paralisou as atividades, na manhã de ontem, por conta da movimentação. Algumas escolas, inclusive, tiveram 100% das aulas suspensas, enquanto na maioria das unidades de ensino a paralisação foi parcial.
De acordo com Santos, pelo menos, 10% da categoria aderiu à paralisação. "A reunião foi positiva em alguns aspectos, porque eles garantiram e se prontificaram a apresentar uma proposta na próxima reunião", avaliou o sindicalista. "Nós, do Sintep, achamos que esse encontro foi produtivo, embora os itens que apresentamos ainda estejam em aberto".
Um dos pedidos dos professores é o aumento do vale-alimentação de R$ 250 para R$ 283. A prefeitura apresentou uma contraproposta para, ao invés do aumento em dinheiro, fornecer uma cesta básica. A propositura será avaliada pela categoria.
Sobre o aumento salarial, o prefeito explicou que, por lei, não pode dar aumento real, por conta do período eleitoral, porém, vai estudar a possibilidade de oferecer um reajuste que acompanhe a inflação. "Algumas das reivindicações estão em curso, que é a questão do instituto de previdência próprio. Sobre o plano de saúde, desenvolvemos as ações e aguardamos as empresas apresentarem as propostas".
Borges lembrou que não poderá aplicar aumento real nos salários dos trabalhadores. "Estamos dentro do limite máximo permitido pela lei de responsabilidade fiscal. Estamos fazendo uma avaliação junto aos técnicos, para encontrar a fórmula e atender as reivindicações", disse. "Em ano eleitoral, estamos impedidos de conceder alguns benefícios, fora os já estabelecidos por lei", finalizou o prefeito.