Os atendimentos do ambulatório infantil continuam sem previsão para ter início no Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos "Doutor Osíris Florindo Coelho", segundo informações do Conselho Estadual de Saúde. A unidade só está atendendo casos de urgência e emergência, de crianças que chegam em ambulâncias. Desde que o Pronto-Socorro (PS) infantil encerrou os atendimentos para os casos sem gravidade, as unidades de saúde dos municípios vizinhos sentiram a sobrecarga da demanda ferrazense.
O conselheiro Estadual de Saúde de São Paulo, Douglas Alves, participou de uma reunião com a diretoria do hospital, no mês passado, e apresentou as principais queixas que a entidade recebe da população, entre elas a falta de atendimento pediátrico. "Indagamos o diretor do hospital sobre o que provocou o fechamento do PS Infantil do regional. Recebemos a informação de que 80% dos atendimentos são ambulatoriais e, em função disso, a Secretaria de Estado da Saúde compreendeu que quem deveria fornecer o serviço ambulatorial é o município", disse em entrevista exclusiva ao jornal Dat. Alves também é articulador Regional do Fórum de Saúde Pública do Alto Tietê, membro titular do Comitê de Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).
A Secretaria de Saúde do Estado havia informado que, dentro da unidade hospitalar, seria implantado um anexo para atendimentos pediátricos que não apresentem gravidade. Douglas disse que, na última reunião, o hospital não deu prazos de quando o setor ambulatorial iniciará os atendimentos. "Existe uma dificuldade administrativa na questão da transferência para continuar essa reforma. Existe o projeto, mas falta o dinheiro. Devido a esse repasse do Estado para o hospital regional, essa obra está parada no momento. Foi a informação que a gente recebeu", revelou.
Já o Hospital Regional de Ferraz informou à reportagem, por meio de nota, que o atendimento ambulatorial está sendo estruturado de forma gradativa, porém, também não deu prazos. "O atendimento já está sendo realizado a pacientes que são atendidos no pronto-socorro e necessitam de acompanhamento e, em alguns casos, para pacientes que procuram a unidade para casos de menor complexidade", diz a nota.
A unidade hospitalar ainda afirmou que a diretoria está trabalhando para ampliar a oferta e disponibilizar mais vagas, no entanto, ressaltou que houve aumento no número de atendimentos do Pronto Socorro, que é a prioridade do hospital, "visto que é referência para atendimento de média e alta complexidade".