Para marcar o Dia da Mulher, uma marcha contra a violência ao sexo feminino foi organizada na região central de Mogi das Cruzes. A passeata, que foi idealizada pela União Brasileira de Mulheres (UBM), União dos Negros pela Igualdade (Unegro), União da Juventude Socialista (UJS) e União Mogiana dos Estudantes Secundaristas (Umes), percorreu as ruas do centro para alertar os mogianos sobre a agressão que as mulheres sofrem.
A integrante do núcleo da UBM, Fernanda de Almeida Cursino, avaliou que os direitos das mulheres têm que evoluir ainda mais. Ela ressaltou que a questão do feminicídio precisa ser discutida com mais atenção. "Apenas no ano passado quatro mulheres foram assassinadas em Mogi. Temos a lei Maria da Penha, mas ela não é implementada da forma que deveria. Nossa Delegacia da Mulher também não funciona em plantão, mas sabemos que as agressões contra às mulheres ocorre aos fins de semana ou à noite", disse. "Também temos que discutir ainda o direito ao aborto ou não, que é um assunto que deve ser tratado com muito carinho. Existe a luta em relação aos salários, pois fazemos as mesmas faculdades, disputamos o mesmo espaço e diversas mulheres recebem menos que os homens", ressaltou.
Fernanda afirmou que o Dia da Mulher é um marco na história da luta das mulheres. "Esta data é muito importante por vários motivos. É um marco na história, quando as mulheres começam a ter autonomia, pois eram vistas como uma propriedade do homem. Ainda vivemos um sistema muito machista, porém, o dia 8 de março ganhou força", acrescentou.