O centro de Poá poderá ganhar uma galeria de águas pluviais, de 1,3 quilômetro, para auxiliar na vazão da chuva que alaga grande parte da cidade, a cada temporal. O anúncio foi feito na manhã de ontem pelo prefeito Marcos Borges (PPS), durante coletiva de imprensa concedida no canteiro de obras do piscinão.
Segundo o chefe do Executivo, o primeiro projeto do piscinão previa capacidade de 240 milhões de litros, porém, foi reduzido para 200 milhões, o que possibilitou a criação dessa nova proposta. "Por conta desses 40 mil metros cúbicos que ficaram de fora, estamos trabalhando nesse planejamento", explicou.
Borges adiantou que o projeto básico já está concluído. "Só falta a revisão. Será uma galeria que vai se estender do ponto onde o rio (Itaim) faz a curva, após passar por baixo da linha da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)", detalhou.
O prefeito revelou ainda que a galeria terá 3,5 metros de largura por 2 de altura, com 1.344 metros de extensão. O corredor passará pela rua Herculano Duarte Ribas, no centro, onde fica o pátio da feira e segue pela avenida Anchieta, onde há o terminal rodoviário e a Secretaria de Serviços Urbanos (SSU). "A galeria ainda segue paralelo até a região próxima da Apae (Associação de Pais e Amigos do Excepcionais). Nesse ponto, a galeria distribuirá as águas do rio. O piscinão somente não resolverá o problema.", explicou o progressista.
O fato de haver construções irregulares nas margens do rio também foi lembrado pelo prefeito. "O rio está neste trecho até o centro da cidade com 8,5 metros de largura. Quando chega naquele ponto da antiga Casa do Norte, ele sofre um estrangulamento para 4,5 metros, onde a pressão da água começa a jorrar por cima, invadindo a rua Capitão Francisco Inácio", explicou. "Por conta disso, já pedimos para a Secretaria de Obra fazer um levantamento, e entraremos com um decreto de utilidade pública, para desapropriar aqueles imóveis construídos dentro do rio e fazer com que ele tome o seu curso natural. Devolver pro rio o que é dele", afirmou.