A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou novidades para auxiliar o combate a furto e roubo de celulares do País, anteontem. Entre elas está a maior facilidade para realizar o bloqueio dos aparelhos perdidos, extraviados ou roubados, utilizando somente o número da linha. A novidade, que ainda não está em vigência nas delegacias do Estado de São Paulo, é vista com bons olhos por delegados do Alto Tietê.
A partir de agora o cidadão que tiver um desses problemas com o celular poderá bloqueá-lo informando o número da linha para a operadora. Anteriormente, era necessário anunciar o número de identificação do aparelho, chamado de IMEI. A sequencia numérica, composta por 15 algoritmos, pode ser localizada na nota fiscal do celular ou digitando *#06# na tela de discagem do próprio aparelho.
Outra novidade, mas que está disponível apenas para as polícias civis da Bahia, Ceará e Espírito Santo, é a possibilidade do bloqueio do aparelho ser feito com o número da linha durante o registro de boletins de ocorrência, nas delegacias. Segundo a Anatel, ainda não há previsão para que este serviço seja disponibilizado no Estado de São Paulo, mas as tratativas com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) estão avançadas.
Desta forma, os moradores do Alto Tietê que forem bloquear o aparelho no ato da confecção do boletim de ocorrência deverão ter em mãos o IMEI do Aparelho.
Para o delegado assistente da Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes, Júlio Vaz Ferreira Neto, a implantação da medida nas delegacias do Estado será bastante positiva. "Vemos com bons olhos essa possibilidade, pois isso deverá acelerar o processo de investigação, uma vez que, ao bloquear o aparelho, ele passa a ser inútil e desinteressante para os criminosos", disse.
Segundo ele, atualmente o bloqueio do aparelho acaba não sendo efetivado ou é retardado, uma vez que muitas pessoas ainda encontram dificuldades para realizar a ação, o que poderá ser melhorado, caso haja a possibilidade de bloqueio dos celulares somente com o número da linha. "Há certa dificuldade da vítima fazer o bloqueio do aparelho na delegacia devido à necessidade de se ter o IMEI. Muitas pessoas guardam a nota fiscal, mas outras não têm esse hábito. Isso faz com que haja um retardo do bloqueio do celular até que o IMEI possa ser obtido. Então, quando se fala que o bloqueio poderá ser feito com o número da linha, entendemos que as operadoras irão cruzar os dados com o IMEI e o aparelho não poderá ser mais utilizado, mesmo que com outro chip", comentou.