As quedas de energia no Distrito Industrial do Taboão são seis vezes maiores que em outras regiões do Alto Tietê. De outubro de 2014 a outubro de 2015, a área atendida pela central de distribuição da EDP Bandeirante em Mogi das Cruzes (que atende Mogi, Biritiba Mirim, Salesópolis e Guararema) ficou 9,4 horas sem fornecimento do serviço, enquanto que no Taboão foram 58 horas. O volume de horas sem luz representa um acumulado de 22 quedas dentro do período analisado.
As informações foram divulgadas durante a reunião de trabalho, que contou com membros da Associação Gestora do Distrito Industrial do Taboão (Agestab), da EDP e da Prefeitura, realizada na última terça-feira na empresa Ecus, do presidente da Agestab, Osvaldo Baradel, no Taboão. 
De acordo com o levantamento de empresas da Agestab, em setembro, outubro e novembro de 2015, que não fazem parte do levantamento mostrado pela EDP, o tempo sem energia ficou acima de 50 horas/mês.
Outro dado divulgado foi sobre o tempo médio de atendimento, depois do contato com a concessionária de energia. Após comunicar o problema, a espera até o reparo completo é de sete horas. Representantes da EDP, assim como todos os participantes da reunião, avaliaram que o Taboão necessita de melhorias nos serviços prestados.
De acordo com a EDP, os galhos, árvores e o vento representam mais de 60% entre as 15 principais causas de interrupção. Por questões de segurança, o sistema é automaticamente desligado, ao identificar que uma árvore caiu na rede ou um galho encostou nos cabos. A deterioração da rede de energia e as descargas elétricas representam 22% das causas.
A EDP informou que um anteprojeto para a instalação de um novo sistema de distribuição de energia, no Taboão, foi elaborado e faz parte do Plano de Investimento para o distrito, que ainda conta com a instalação de mais um "religador" na região. 
Reuniões mensais passarão a ser realizadas entre a Agestab, EDP e Prefeitura para acompanhar as ações de melhorias. "Foi um importante ponto de partida para solucionar um dos principais problemas do Taboão", avaliou Baradel.