Comerciantes e moradores de Poá cobram um posicionamento da Prefeitura de Poá sobre as promessas feitas após a enchente registrada em janeiro e que causou muito prejuízo. A isenção do pagamento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) para as vítimas, aprovada pelo Legislativo, ainda não foi sancionada pela administração, o que preocupa a população atingida, além de prejudicar até mesmo o comércio local.
O comerciante João Roberto dos Santos teve sua casa invadida pela água na enchente registrada no início de janeiro. Com praticamente todos os móveis perdidos, ele cobra ajuda da prefeitura. "Na época fomos informados sobre a isenção do IPTU e até sobre uma ajuda de
R$ 5 mil para quem perdeu seus bens, mas até agora tudo ficou na conversa. Não tivemos respaldo algum, nem qualquer informação por parte da prefeitura. É uma falta de respeito", destacou.
Na região central, a reclamação dos lojistas e proprietários de imóveis é sobre a desvalorização da área. Nas principais vias onde a enchente é mais constante, entre elas a avenida Nove de Julho e a rua Capitão Francisco Inácio, é possível encontrar imóveis para locação e até venda, já que os antigos locatários desistiram de manter seus comércios após várias inundações.
No dia 14 de janeiro, a Câmara de Poá aprovou a isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e da Taxa de Lixo de 2016 para os imóveis que foram atingidos pela enchente do último sábado.
Além dos dois projetos de lei, o Legislativo encaminhou dois requerimentos para a Prefeitura de Poá. O primeiro solicitava que a administração municipal cancelasse o Carnaval deste ano, o que acabou acontecendo, e não contratasse artistas famosos para as festas de aniversário e da Expoá, além de não reajustar a passagem de ônibus. O Legislativo informou ainda na ocasião que a prefeitura estudava criar um projeto que autorizasse um repasse financeiro para as vítimas das enchentes.
Prefeitura
Questionada pela equipe de reportagem do Dat, a prefeitura de Poá se limitou a dizer que abriu processo visando a regulamentação da lei aprovada pela Câmara. "Assim que for definido passaremos o posicionamento", completou a administração, por meio de nota.