O índice de desemprego médio no Brasil ficou em 6,8% no ano passado. Representa a maior taxa média desde 2009, quando foi de 8,1%, dois pontos porcentuais acima da taxa de 2014, segundo dados do IBGE. Com a economia brasileira mergulhada na recessão, quem se mantém empregado fica apreensivo com o futuro; para aqueles que entraram na lista de demitidos, o cenário ganha ares de drama, já que conseguir um novo trabalho talvez demore mais do que a reserva financeira poderá suportar.
Dentro do contingente crescente de trabalhadores desocupados é de se esperar que uma parcela desengavete o sonho de ter o negócio próprio e outra veja no empreendedorismo a única solução para obter renda, mesmo sem ter cogitado essa hipótese até então. Qualquer que seja a motivação, uma empresa com produtos, clientes e tudo mais, começa a se desenhar na cabeça do aspirante a empreendedor. Mas, entre a vontade de fazer e a concretização existem uma bela distância e uma pergunta: como saber se a ideia é viável
Para responder, é preciso colocar o projeto contra a parede e questionar seus diversos aspectos. Se mostrar solidez, sinal verde para a realização. 
O primeiro ponto analisado é a atividade-chave: o que a empresa fará de mais importante? Quais as origens dos recursos para funcionar? Quais os canais de distribuição dos produtos ou serviços?
O empreendedor também deve ter muito bem definida a proposta de valor do negócio, saber o que vai proporcionar aos clientes e as necessidades que serão satisfeitas. Além disso, é imprescindível conhecer quem são os consumidores, quanto estão dispostos a pagar e como costumam pagar.
A relação com o público-alvo merece atenção especial, pois essas pessoas terão uma expectativa do que vão encontrar na empresa, expectativa esta que deve estar em sintonia com o que é possível oferecer a elas.
Saber como fazer contato com consumidores e os meios, com melhores resultados, também são elementos a serem pensados com cuidado.
A estrutura de custos é mais um aspecto significativo. Quais são os mais importantes? O próprio relacionamento com o cliente cobra seu preço e não pode ser esquecido.
Quanto aos parceiros, é necessário avaliar quem são os principais, os provedores-chave, o que a empresa vai adquirir deles.
Todos esses pontos de estudo estão incluídos em um método de planejamento estratégico chamado Canvas, que pode ser aplicado a empreendimentos de qualquer porte ou setor e acessível por meio do Sebrae-SP.