A Prefeitura de Mogi das Cruzes, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), realizou ontem um mutirão para renegociação de dívidas. Logo no início da manhã, dezenas de pessoas compareceram ao antigo prédio da Universidade Braz Cubas (UBC), na rua Francisco Franco, no centro, para regularizar os imóveis ou renegociar dívidas. Ao todo, a cidade conta com quase seis mil mutuários nas unidades do CDHU.
O diretor de regularização fundiária da prefeitura, Alexandre Galeote Ruiz, esclareceu que a parceria entre a administração municipal e a CDHU facilitou o acesso dos mutuários aos serviços oferecidos pela companhia. "Como este convênio é recente, muitas pessoas não estavam sabendo, por isto estamos divulgando. Se elas precisassem utilizar o serviço teriam que se deslocar até Itaquaquecetuba ou no bairro da Santa Cecília, em São Paulo, para resolver o problema", destacou.
O mutirão foi divido em dois blocos: um para que as pessoas pudessem atualizar ou entregar documentos junto à administração municipal, e outro em que a CDHU fazia a renegociação de dívidas. "Fizemos a regularização fundiária do CDHU da Vila Cléo. Neste empreendimento são 960 unidades. Deste total, 210 apartamentos estão quitados, mas conseguimos efetivamente passar a escritura para 121. O restante precisa entregar algum tipo de documentação. Estamos insistentemente convocando estas pessoas. Até então estamos tendo uma boa resposta", ressaltou o diretor.
A doméstica Ester Pereira de Jesus, de 55 anos, foi uma das pessoas atendidas ontem pelo mutirão. Ela avaliou que a iniciativa foi importante para facilitar o acesso à regularização. "Foi muito bom, cheguei e já fui atendida. Procurei o serviço para fazer o acordo, pois estava com três parcelas atrasadas no CDHU do (Conjunto Residencial) Toyama. O atendimento foi muito rápido e consegui resolver meu problema", acrescentou.
A aposentada Maria Aparecida Ferreira, 64, mora há 21 anos no CDHU da Vila Cléo. Ela informou que estava com algumas parcelas do apartamento atrasadas e por isto resolveu procurar o serviço. "Espero conseguir um bom acordo, quem sabe com desconto dos juros. Acredito que tenho mais uns quatro anos até que possa quitar minha casa", disse.