A Prefeitura de Mogi das Cruzes apresentou, na tarde de ontem, o balanço dos estragos provocados pelas fortes chuvas registradas na segunda-feira. Com o temporal, 15 árvores vieram ao chão e outras dezenas tiveram os galhos arrancados ou caíram parcialmente. A chuva também atingiu o trânsito. Com os ventos fortes, 12 placas de sinalização foram viradas durante a ventania e quatro placas com dimensão de dois metros por um metro foram arrancadas. Das 15 às 23 horas de segunda-feira, 13 semáforos tiveram algum tipo de avaria.
A tempestade que atingiu o município não era sentida há muitos anos em Mogi. As fortes chuvas provocaram diversos pontos de alagamento em bairros do município. Ontem, ainda era possível ver o rastro de destruição provocado pela água.
De acordo com o secretário municipal de Segurança, Eli Nepomuceno, mesmo com a forte chuva, a cidade não está em estado de alerta, pois tecnicamente a situação só é decretada quando, no período de três dias, o volume de água é superior a 100 milímetros. "Em cerca de 2 horas e meia, o volume de chuva que caiu na cidade foi de 70 milímetros. O índice reconhecido como suportado pelo sistema de drenagem é de 35 milímetros, por isso, os pontos de alagamento foram registrados", esclareceu.
Nepomuceno destacou que nenhum caso mais grave foi registrado em Mogi. As áreas de risco da cidade também foram visitadas pela Defesa Civil. O rio Tietê está no nível de 3,06 metros e o índice para transbordamento é de 3,60 metros. 
O secretário municipal de Serviços Urbanos, Nilmar de Cássia Ferreira, informou que, na segunda-feira, todas as equipes da pasta trabalharam na ação de rescaldo e que os serviços devem continuar nos próximos dias. Com o vento, parte do telhado do Mercado do Produtor foi danificado. O telhado de parte da sede da Secretaria de Serviços Urbanos também foi arrancado.
O prédio da Prefeitura na rua Francisco Franco foi afetado pela água. 
O secretário-adjunto de Transportes, Fábio Vegas, informou que os semáforos danificados já foram substituídos. "O problema maior foi identificado entre a rua Coronel Cardoso de Siqueira e o Socorro", disse. 
Já a passagem subterrânea Engenheiro Osvaldo Crespo de Abreu, o "Buraco do Padre", que recebe mais de três mil veículos por hora, foi interditada depois que as bombas que realizam a drenagem do local quebraram na noite de segunda. O local foi liberado às 16 horas.