Nestes dias assisti ao filme de Simon Curtis intitulado "Mulher de ouro", Woman in Gold, no original, o qual se baseia nos fatos ocorridos com Maria Altmann (1916-2011).
Em resumo, a história retrata a luta de uma austríaca de origem judia que é obrigada a fugir de Viena para escapar da invasão nazista, sendo que sua família havia perdido todos os bens, especialmente, obras de arte.
Depois de décadas, Maria decide tentar recuperar uma das obras, em específico: o retrato de sua tia, pintado pelo famoso artista Gustav Klimt e, para tanto, conta com a ajuda de um jovem advogado californiano.
Acho muito interessantes filmes que se baseiam em verdadeiras histórias, pois costumam nos trazer lições importantes, baseadas em experiências reais vividas por outras pessoas.
Contra o estado austríaco que pretendia manter aquelas obras de arte de legítima propriedade de Maria, em seus museus - a principal delas, "A mulher de ouro" era um verdadeiro ícone da Áustria e, portanto, ninguém queria perdê-la para uma pessoa física - os dois, autora da ação e advogado, travam longa batalha, envolvendo, por fim, a Suprema Corte norte-americana, já que vivem em Los Angeles, até que conseguem lograr êxito.
É claro que as obras valem centenas de milhões de dólares, mas o interessante é que Maria deixa claro desde o início que não promove a ação por dinheiro e no desfecho deixa isto comprovado, afinal, não é só o dinheiro que move as pessoas, especialmente, as dignas e honradas.
Para nós, brasileiros, nestes dias em que estamos fadados a cair no desânimo e na falta de esperança, é grande lição e alento: não importa o tamanho do desafio, temos que encará-lo com toda a esperança, determinação e força.
Há décadas enfrentamos barreiras e lutas como povo e já vencemos muitas, sendo esta apenas mais uma, a qual será superada. Não percamos a sede de justiça e que Deus nos ajude!