O controlador de estoque Anderson Valverde Laurindo, de 39 anos, concilia há 25 anos o trabalho com a paixão pelo ciclismo. Coordenador da equipe de ciclismo de alto rendimento de Mogi das Cruzes, ele comando um grupo de 15 atletas, que embora não-profissionais, participam de campeonatos oficiais da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC).
Com treinos diários, Laurindo e o grupo utilizam as rodovias da região para se prepararem para as corridas. Segundo o atleta, o principal obstáculo ainda é o desrespeito dos motoristas. O ciclista e sua equipe nunca andam sozinhos por causa do riscos de acidentes e pelo perigo de assaltos. "Infelizmente, na nossa modalidade, que é de grandes distâncias, só é possível treinar nas rodovias, mas as estradas não oferecem segurança. Fazemos treinos coletivos. Quando vamos passar por um entroncamento sinalizamos e buscamos ter a visão total da pista mas, mesmo assim, não estamos imunes à acidentes", disse. Um dos casos mais recentes de acidentes envolvendo ciclistas foi do atleta Claudio Clarindo, que morreu enquanto treinava na rodovia Rio-Santos, no dia 25 de janeiro. Laurindo afirmou que nas estradas é comum encontrar motoristas que fecham os ciclistas e não respeitam a distância de 1,5 metros que deve ser mantida das bicicletas. "A recomendação é que as pessoas utilizem luvas, capacete, tênis e roupas adequadas. É importante ter faixas reflexivas, procurar locais mais tranquilos e com movimentação menor de carros", recomendou.