A Secretaria Municipal de Saúde e a Câmara Municipal criarão um grupo técnico para discutir a criação de uma maternidade, construída na modalidade Parceria PúblicoPrivada (PPP). O objetivo da proposta é reduzir o déficit do serviço em Mogi das Cruzes. A cidade conta com apenas duas maternidades, sendo uma da Santa Casa e outra particular. O secretário municipal de Saúde, Marcello Cusatis, destacou que a redução do serviço no município poderá impactar, negativamente, no índice de mortalidade infantil.
A proposta de criar a unidade foi do presidente do Legislativo, Mauro Araújo (PMDB). O primeiro obstáculo a ser superado para tirar é criar uma legislação que permita esse tipo de parceria. "É um absurdo que um plano como a Amil feche uma maternidade em Mogi. Essa situação sobrecarrega a Santa Casa e nosso pré-natal. Muitas pessoas perderam o plano de saúde pelo desemprego, mas muitos que tem convênio estão utilizando a rede municipal. Acho muito boa essa ideia de PPP pela rapidez, mas tem que ver a legalidade, pois não temos uma lei de PPP", disse Cusatis.
O secretário destacou que a falta de maternidade é uma grande preocupação da administração municipal. "A criação deste grupo técnico permanente é um assunto que não podemos perder tempo. Temos um complicador este ano que é vinda de pacientes de Suzano, o índice de mortalidade infantil dessa cidade virá para Mogi. Com isso, temos a superlotação da Santa Casa e o hospital Mogi Mater também pode começar a ter complicações", avaliou.
O presidente da Comissão Permanente de Saúde, Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), sugeriu que a parceria entre a cidade e empresa poderia ser com a doação de um terreno ou convênio para uso dos leitos. Ele citou que o estado já criou projetos do tipo. (L.N.)