A Secretaria Municipal de Saúde estuda realizar os exames para detecção da dengue pelo laboratório municipal, administrado pelo Hospital Albert Einstein. Atualmente, os casos suspeitos da doença são encaminhados para análise no Instituto Adolfo Lutz, mas de acordo com o secretário municipal de Saúde, Marcello Cusatis, vem ocorrendo morosidade no envio dos resultados. Mogi das Cruzes conta com 270 casos suspeitos, dos quais 158 de mogianos e 112 notificações de pessoas que vivem em outras cidades. Cusatis informou que dos 52 resultados que chegaram a cidade, 7 são de casos confirmados de dengue, todos importados.
A sugestão de fazer as análises no laboratório municipal foi apresentada pelo presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal, o vereador Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho, o Chico Bezerra (PSB), durante audiência da saúde, realizada ontem pelo Legislativo. Cusatis informou que levará a ideia ao prefeito Marco Bertaiolli (PSD) junto com uma estimativa de gastos. 
Segundo o secretário, o exame de sorologia de dengue custa pouco mais de R$ 20. "O laboratório municipal fez os exames no ano passado. Acredito que o exame de sorologia é melhor que o teste rápido que tem 60% de taxa de eficiência. Caso façamos o exame até o Adolfo Lutz se normalizar, teremos que organizar o atendimento, pois o sangue do paciente com suspeita de dengue precisa ser colhido no sexto dia do surgimento dos sintomas. Isso é importante para traçar as estratégias de combate aos focos", esclareceu.
Cusatis afirmou ainda que a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) capacitou os 92 agentes comunitários do Programa Saúde da Família (PSF), para retirar os focos do mosquito Aedes aegypti das residências visitadas. São 14 mil visitas por mês.
Os agentes atuam principalmente em áreas de interesse, como Jundiapeba, Jardim Aeroporto, Jardim Piatã, Jardim Margarida e Novo Horizonte.
De acordo com o secretário, o decreto da lei que permite a entrada forçada nas casas abandonadas com focos do mosquito, foi assinado na quarta-feira pelo prefeito.
No entanto, a entrada nos imóveis só deve ocorrer em março, quando a licitação para contratar o serviço de chaveiro for concluída pela Prefeitura.
Cusatis informou que os agentes de saúde já entraram em duas propriedades abandonadas, mas o acesso foi feito pelo muro. Um dos imóveis fica localizado na rua Gaspar Conqueiro e outro no Jardim Camila.
O secretário disse que a secretaria tem acompanhado de perto as maternidades, para identificar casos suspeitos de microcefalia.
A rede municipal reforçou a lista de exames exigidos no pré-natal.