Duas casas na rua Abílio Secundino Leite, na Vila Andeyara, em Ferraz de Vasconcelos, têm ocasionado transtornos aos moradores. Isso porque as residências são ponto, há mais de três anos, de acúmulo de lixo e água parada, sendo foco para o mosquito da dengue. Conforme a equipe do Dat apurou, a população já faz uma série de reclamações à prefeitura e até o momento nenhuma providência foi tomada. A administração pública será cobrada para prestar esclarecimento após o retorno do expediente, que está suspenso até quarta-feira, devido ao Carnaval.
A dona de casa Iderlina Dias Santana, de 65 anos, conta que há mais de três anos tem entrado em contato com a Vigilância Sanitária e nenhuma providência foi tomada. "Tem duas casas na rua que estão largadas. Uma delas, inclusive, tem gente morando. É um rapaz que, desde quando moro aqui, há mais de 20 anos, apresenta problemas. Ele é acumulador e todas as vezes que colocamos o lixo para fora, tem a mania de pegar e levar para a casa dele. Esse é só um exemplo. Já falamos com a Vigilância Sanitária que diz que não pode fazer nada, já que para ter acesso à residência dele é preciso ter autorização", comenta.
A manicure Silvania Santos Concencio, 48, está com receio de contrair dengue, devido ao abandono das duas casas. "Todo mundo da rua fica com medo de pegar dengue, porque as casas estão virando foco da doença. A que fica na calçada da minha residência está totalmente abandonada. A prefeitura já foi procurada diversas vezes pelos moradores e nada foi feito. Sempre surgem com alguma desculpa, uma hora não tem funcionário e na outra dizem que não tem carro", reclama a profissional, que é proprietária de um salão de beleza.
De acordo com o aposentado Daniel dos Santos, 59, o problema se intensifica cada vez mais e os moradores, devido a demora da prefeitura, se sentem abandonados. "A prefeitura não tem feito nada a respeito. Uma casa está cheia de entulho e abandonada. Já o morador da outra casa se tornou acumulador após a morte dos pais dele. É preciso que algo seja feito, pois já estamos reclamando faz um tempo e nada foi resolvido. Estamos abandonados", lamenta.