O prefeito de Poá, Marcos Borges (PPS), culpou o governo federal pelo abandono da Praça da Juventude, que teve as obras paralisadas há mais de um ano por conta da falta de repasses. O local virou ponto de encontro para vândalos e usuários de drogas. Mesmo diante da situação de risco aos vizinhos do empreendimento, o chefe do Executivo afirmou que a responsabilidade pela limpeza da área é da empreiteira que ganhou a licitação para fazer os serviços e não da administração municipal.
Borges disse que a situação da praça foi tema debatido, anteontem, no gabinete, mas não garantiu se a prefeitura fará a manutenção na praça. "A empreiteira responsável tem que fazer a manutenção e a conservação. Já notificamos a empresa por conta disso e vamos continuar notificando, porque a responsabilidade é deles", afirmou. "É muito cômodo transferir tudo para a prefeitura. Acho que cada um tem que fazer a sua parte", falou Borges, afirmando também que os repasses por parte da prefeitura já foram feitos para a empresa.
A falta de recursos por parte do governo federal também é um dos motivos que emperrou a construção da área de lazer. "Estamos vivendo esse problema em todos os projetos existentes na cidade que dependem de repasses do governo federal. Todos os recursos estão, literalmente, parados", justificou o prefeito. " A praça vem, sim, caminhando a passos muito vagarosos. Quando inaugurarmos a Praça da Juventude, sei lá quando, ela já não será da juventude, mas, sim, a praça do idoso, devido a tantos anos que essa obra não anda".
O chefe do Executivo poaense também voltou a argumentar que as condições do local não é culpa da administração municipal. "Nesta semana, conversamos sobre isso e a empresa já foi notificada por questão de uma situação anterior e vai ser notificada novamente. A empreiteira é quem tem que manter vigia para manter a segurança e não a prefeitura".
Este projeto foi um dos motivos que afastou o então prefeito Francisco Pereira de Sousa (SDD), o Testinha, por improbidade administrativa, que pagou R$ 800 mil em serviços que não foram executados. A atual administração, inclusive, abriu até sindicância para apurar possíveis irregularidades, mas a obra da praça, que era para ter sido entregue no final de 2014, permanece parada. (F.F.)