Após encerrar o atendimento "porta aberta" no pronto-socorro do Hospital Luzia de Pinho Melo, no ano passado em Mogi das Cruzes, o governo do Estado encerrou também as mesmas atividades no Hospital Regional Osíris Florindo Coelho, em Ferraz de Vasconcelos. A medida, tomada há mais de um mês, já resultou num aumento de 20% no número de atendimento de crianças nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade.
A justificativa da Secretaria de Estado da Saúde é que o Hospital Regional se trata de uma unidade de alta complexidade e que por isso os profissionais disponíveis são destinados a atendimento realmente graves e não para problemas mais simples que podem ser resolvidos na atenção básica e que são de responsabilidade dos municípios.
A pasta destacou ainda que pacientes encaminhados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e ambulâncias da região continuam sendo são recebidos no Hospital Regional, onde os leitos de internação e cirurgias necessárias estão mantidos.
No caso de Mogi, o serviço foi transferido para o Hospital Municipal de Brás Cubas, que apresenta condições de atender a nova demanda de forma adequada. Já no caso de Ferraz, o município não conta com qualquer hospital municipal nem Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, deixando assim a população sem opções.
Segundo a prefeitura, com o fechamento do hospital, o movimento de crianças atendidas aumentou de 15 a 20% nas 13 UBSs da cidade. Para dar conta desse acréscimo, a administração municipal precisou contratar, por meio de processo seletivo, mais médicos, enfermeiros, entre outros profissionais.
Ambulatório
A Secretaria de Estado da Saúde afirmou ainda ao Dat que está preparando um projeto para abertura de um ambulatório destinado ao atendimento de crianças em Ferraz. A marcação de consultas seria por meio das UBSs, que fariam o encaminhado para este novo serviço dos pacientes que necessitam de tratamentos mais demorados. O local e a data que essa nova unidade será inaugurada não foram informados pela pasta.