A região registrou o primeiro caso de microcefalia com suspeita de ter sido causado pelo zika vírus, doença transmitida pelo mosquito da dengue. A informação é da Secretaria de Saúde de Arujá. No entanto, não existe o exame de sorologia na rede pública de saúde, que é o teste que consegue confirmar se a doença foi mesmo ocasionada pelo Aedes aegypti.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde ainda não há previsão de quando o exame será disponibilizado, pois aguarda a liberação do Ministério da Saúde. A pasta municipal de Arujá foi informada pela Vigilância Epidemiológica do Estado que o caso é importado, ou seja, o vírus foi contraído fora do município.
A mãe do bebê, que mora em Arujá, relatou que, no primeiro trimestre da gestação, viajou para Pernambuco, no Nordeste no País, região onde já foi registrado surto do vírus. A criança nasceu no Hospital das Clínicas de São Paulo e está recebendo acompanhamento médico.
A Secretaria de Estado da Saúde informou ainda que tem oito casos de microcefalia em recém-nascidos sob investigação que, possivelmente, podem estar relacionado à infecção pelo vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. As outras ocorrências da anomalia foram de bebês nascidos em Campinas, Guarulhos, Mogi-Guaçu, Ribeirão Preto (2), São Paulo, Santo André e Sumaré. A pasta estadual ainda informou que os casos de Santo André e São Paulo são importados e que, os demais, estão sendo considerados autóctones.
A microcefalia é uma anomalia que causa a má formação do cérebro, que não se desenvolve de maneira adequada. Nestes casos, os bebês nascem com a cabeça menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 centímetros. As informações são do Ministério da Saúde. A pasta federal ainda esclarece que, dependendo do tipo de microcefalia, é possível corrigir a anomalia por meio de cirurgia.
Geralmente, as crianças precisam de acompanhamento após o primeiro ano de vida. Nos casos de microcefalia óssea existem tratamentos que propiciam um desenvolvimento normal do cérebro. A gestante deve fazer a prevenção com o uso de repelentes e evitar frequentar locais com o surto da doença.